NAS URNAS

Eleitos pelo povo, conselheiros vão se capacitar para posses em 2024

Em Jundiaí, 15 conselheiros tutelares foram eleitos no último domingo (1º) e serão distribuídos nos três Conselhos Tutelares da cidade

Por Mariana Meira | 03/10/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Jornal de Jundiaí

DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DE JUNDIAÍ

No total, foram 4.470 votos, sendo 35 votos nulos e nenhum em branco; houve três pontos de votação
No total, foram 4.470 votos, sendo 35 votos nulos e nenhum em branco; houve três pontos de votação

Neste domingo (1º), 15 novos conselheiros tutelares foram eleitos para a nova gestão, que fará a composição de 2024/2027. No total, foram 4.470 votos, sendo 35 votos nulos e nenhum em branco. A eleição foi aberta a todos os moradores com inscrição eleitoral em Jundiaí. Os membros titulares e os suplentes irão compor os três Conselhos Tutelares do município.

A eleição foi realizada em três pontos de votação: o SESI 409 (Sesão), Av. Antônio Segre, para eleitores da 424ª Zona Eleitoral; o Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos (CMEJA), no Complexo Argos, para eleitores da 281ª Zona Eleitoral; e na EMEB Geraldo Pinto Duarte Paes, no Eloy Chaves, para quem vota na Zona Eleitoral 65ª.

Foram eleitos: Fabiana Angelica de Souza Menezes (762 votos), Ana Paula da Silva (573 votos), Glaucia de Amaral Brunelli (336 votos), Cleonice Santos Guedes (275 votos), Sabrina Agnes de Almeida Bernardino (266 votos), Maria Júlia Maranzato Alves Simão (235 votos), Ana Paula do Nascimento Corrêa (194 votos), Cláudia Tofoli Honorio (178 votos), Mário Martini (176 votos), Mayara Suelen Lopes (166 votos), Roseli Alves de Pontes (144 votos), Adilson Santo de Azevedo (122 votos), Thiago Calheiro Costa (112 votos), Jacqueline Beltrami da Costa (107 votos) e Amanda Almeida (99 votos). Segundo a Comissão Eleitoral, a última eleita (Amanda Almeida) teve a mesma quantidade de votos que a 16ª colocada no pleito (Helena Silva Santos), com 99 votos.

Mas o critério de desempate foi a melhor nota na prova de conhecimentos específicos. Os eleitos passarão por capacitação antes da posse, que será marcada nas próximas semanas, e assumirão de 2024 a 2028. Nos próximos meses, também será decidido quais dos profissionais eleitos irão para cada um dos três Conselhos Tutelares do município.

ADESÃO POPULAR

Segundo a presidente da Comissão Eleitoral, Kelly Galbieri, o número de votos em Jundiaí surpreendeu. “Estamos muito satisfeitos com o resultado. A participação nas eleições foi muito acima do esperado”, afirma. Segundo um boletim divulgado na noite de domingo (1º) pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania divulgou, na noite do domingo (1°), houve uma tendência geral de aumento no número de votos nas urnas eletrônicas.

O secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do MDHC, Cláudio Augusto Vieira da Silva, comentou o resultado positivo da eleição unificada, com o reforço do governo federal para mostrar a importância do trabalho dos conselheiros tutelares na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.

O secretário adiantou que o MDHC trabalhará para que as novas eleições em municípios que registraram problemas neste domingo ocorram em data única novamente, a ser definida, antes, porém, das posses nos conselhos tutelares municipais, previstas para 10 de janeiro de 2024, com mandatos de quatro anos.

A LEI É PARA TODOS

A partir de agora, segundo Galbieri, será a vez dos conselheiros eleitos superarem as expectativas, tendo em vista que formam um grupo que precisa encontrar um senso comum na hora de resolver os desafios sociais. “Como eles trabalham em colegiado, precisam ter a mesma opinião apesar das visões pessoais diferentes. Eles têm que lembrar que, independentemente de eles concordarem ou não, as ideologias devem ficar de fora, pois é o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] que vai reger as regras e proteger as crianças.”

O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que regulamenta o artigo 227 da Constituição Federal, define as crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos, em condição peculiar de desenvolvimento, que demandam proteção integral e prioritária por parte da família, sociedade e do Estado.

Segundo a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Brasil conta atualmente com 6.100 conselhos tutelares espalhados por 5.570 municípios e entidades administrativas. Cada conselho possui 5 membros titulares.

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