“Não existe nada definitivo sobre como será em 2024. Mas não vejo obstáculo em criar uma chapa pura. O importante é o grupo”, disse Albino, em referência à possibilidade concreta de sair como vice-prefeito. Ele afirmou que deixar o PL para tentar o cargo “é a última hipótese”, e que “o foco agora é eleger o Parimoschi” como prefeito de Jundiaí.

As duas autoridades têm aparecido juntas com frequência nas redes sociais. “Temos um bom relacionamento”, disse Albino na entrevista. Atualmente, o presidente do Legislativo é segundo suplente na Assembleia Legislativo do Estado de São Paulo (Alesp).

Para entrar como deputado estadual, basta que pelo menos dois parlamentares deixem o posto para pleitear outras candidaturas, algo comum em anos eleitorais. Mirando nesse fim, no entanto, Albino deve permanecer no PL.

VESTINDO A CAMISA

Mesmo compartilhando o mesmo partido de Jair Bolsonaro, Albino disse não acreditar que as recentes investigações graves envolvendo o nome do ex-presidente da República, com riscos inclusive de levarem à sua prisão, impactem negativamente a imagem da sigla e também a de Bolsonaro.

“Eu ajudei na campanha dele e vou continuar apoiando. Continuo achando que ele é a melhor pessoa. Mesmo inelegível, mesmo como ex-presidente, ele ainda atrai muitas pessoas. Não dá para comparar ele com o atual governo”, defendeu, criticando a gestão do petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Para Albino, os processos investigativos contra o ex- -presidente, sua esposa, Michelle Bolsonaro, e seus aliados políticos, não passam de “perseguição” da esquerda e da imprensa, uma vez que, para ele, não há comprovação de que a família tem, de fato, posse das joias alvo de operação da Polícia Federal.

Ele também afirmou crer que Bolsonaro não teve envolvimento direto nos atos golpistas do 8 de janeiro, em Brasília, quando, segundo ele, grande parte das pessoas que participaram das invasões e depredações à sede dos Três Poderes foram “iludidas” e devem ser ouvidas antes de punidas.