JUNDIAÍ

Munícipes continuam embates ‘congelados’ pelo mês de recesso

Tribuna Livre foi marcada, ontem, por retorno de pautas que têm causado tensão entre vereadores e população

Por Mariana Meira | 02/08/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Jornal de Jundiaí

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Faixa pedindo sessões noturnas voltou ao plenário entre munícipes
Faixa pedindo sessões noturnas voltou ao plenário entre munícipes

Ontem, na primeira sessão ordinária após o recesso parlamentar da Câmara de Jundiaí, os munícipes utilizaram a Tribuna Livre para voltar a pressionar os vereadores em pautas que estavam “pendentes” até o final do primeiro semestre.

Houve reclamação de assuntos ideológicos e também a presença da mesma faixa vermelha que pede o retorno das sessões em período noturno. Uma das oradoras inscritas, Juliana Oliveira de Paula relembrou a sessão realizada no dia 4 de julho, a última antes do recesso.

Na ocasião, ela e um grupo de manifestantes cobravam os vereadores pelo aumento de seus salários, aprovado por eles dias antes, quando houve um bate-boca entre os munícipes e alguns parlamentares. Segundo seu relato, ela foi filmada pela assessora do vereador Madson Henrique (PL) enquanto estava na plateia, e perseguida por ela na hora de deixar a Câmara.

Afirma, ainda, ter levado uma cotovelada do parlamentar, que, no final do sessão, teria subido as escadas do plenário para discutir com o grupo. “Foi uma situação vexatória e que está gravada, de vários ângulos. Você é um funcionário público representando o povo, não pode ter uma ação de perseguir uma pessoa até a saída e causar o que o senhor causou, que é uma agressão verbal e física a uma mulher”, disse Juliana, que afirma ainda ter registrado boletim de ocorrência contra Madson.

A oradora também reclamou da ausência dos vereadores de suas cadeiras durante o momento da Tribuna Livre, mesmo tendo registrado presença no painel para a sessão vigente. “Quando a pessoa inscrita vem aqui falar, infelizmente a grande maioria de vocês não está aqui para ouvir o povo, que vocês representam. E quanto estão, estão conversando entre si, nem ouvindo de fato estão.”

Também inscrita, Mayara Keila Siqueira Carvalho comentou sobre a presença de catracas de acesso ao plenário, uma medida recente na Câmara Municipal. “A partir do momento que vocês colocam catraca ali na frente, cerceiam o acesso da população, essa casa do povo não é mais inclusiva”, disse.

Ela reclamou ainda da falta de acessibilidade no local, que, segundo ela, não tem estrutura para receber idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Pediu também que os parlamentares revissem o conjunto de regras que regem a Tribuna Livre, segundo as quais o mesmo munícipe só pode discursar de três em três meses, o que, para ela, limita a utilização do recurso legislativo.

Nenhum vereador, nem o presidente da Casa, Albino (PL), respondeu a nenhum dos temas abordados. Todos os doze itens da pauta de ontem foram aprovados. Estavam nela o Projeto de Lei nº 14035/2023, de autoria do vereador Roberto Conde Andrade, que institui a Campanha de Conscientização, Prevenção e Combate às Discriminações e Preconceitos no Ambiente Escolar, a ser promovida anualmente no mês de abril, Projetos de Lei de Denominação e um veto parcial do prefeito Luiz Fernando Machado, que foi mantido. As oito moções também foram aprovadas.

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.