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PSDB desidratou, mas não vou deixá-lo, diz Miguel Haddad

Ex-prefeito de Jundiaí vê desgaste no partido, mas reafirma compromisso tucano e descarta candidatura ao Executivo em 2024

Por Mariana Meira | 14/06/2023 | Tempo de leitura: 2 min

ARQUIVO JJ

Em entrevista à Difusora, ontem, Miguel afirmou que PSDB agora precisa repensar estratégias políticas
Em entrevista à Difusora, ontem, Miguel afirmou que PSDB agora precisa repensar estratégias políticas

O ex-prefeito de Jundiaí Miguel Haddad afirmou que, apesar do desgaste do PSDB nos últimos anos, não pretende deixar o partido, como muitas figuras tucanas têm se movimentado. “O partido se desidratou por uma série de razões, e é um momento delicado. Mas isso não diminui sua importância na construção do Brasil. Respeito as opiniões contrárias e os olhares diferentes, sei que temos um processo eleitoral, mas não pretendo deixar o PSDB, e acredito que ele tem um trabalho que ainda pode contribuir para o país”, disse.

O político, que além de ter sido prefeito por três vezes no município também já cumpriu mandatos como deputado federal e deputado estadual, esteve ontem no estúdio da Rádio Difusora para uma entrevista ao vivo no programa “Difusora 360”, e avaliou a situação do PSDB, de cujo Diretório Estadual inclusive já foi presidente interino e vice-presidente.

Em sua perspectiva, os esforços do partido de despontar como uma alternativa de centro na polarização atual entre PT e extrema-direita não funcionaram no cenário nacional, e que o “papel que o partido cumpriu não é mais o que a sociedade deseja agora” - basta observar, como ele próprio lembrou, a esmagadora minoria da sigla entre os nomes eleitos na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e na Câmara Federal, além do fim da hegemonia tucana no estado depois de 28 anos.

“Ele [o partido] cometeu erros, é fato, e com isso a sociedade decidiu fazer a troca. Agora ele é minoria, mas pode voltar a crescer. Isso vai depender das lideranças”, pontuou. Em Jundiaí, parte das principais lideranças estão deixando o partido.

É o caso do próprio atual prefeito, Luiz Fernando Machado, que recentemente anunciou que vai sair do PSDB, sem, no entanto, confirmar para qual, e também de seu braço-direito, o gestor da Unidade de Gestão de Governo e Finanças (UGGF), José Antonio Parimoschi, que acabou de se filiar ao PL.

O vereador Faouaz Taha também disse que está planejando abandonar a sigla. O grupo político do qual Miguel faz parte, no entanto, abrange outros nomes que não necessariamente são tucanos, como Gustavo Martinelli (DEM), atual vice-prefeito municipal, e Albino (PL), presidente da Câmara de Jundiaí. Ali dentro, ele terá papel apenas de apoio, sem pretensão de pleitear uma vaga como prefeito. “E meu apoio não está baseado na questão partidária, e sim no nome de quem vai conduzir a cidade”, frisou.

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