EM JUNDIAÍ

Cultivo de maconha era feito ao som de música clássica para melhorar produtividade

De acordo com a Dise, dentre os investimentos na produção e qualidade da maconha, o comerciante deixava as plantas nas estufas ouvindo música clássica

Por Fábio Estevam | 08/06/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Polícia

DIVULGAÇÃO

Vários pés de maconha estavam em três estufas na casas do suspeito
Vários pés de maconha estavam em três estufas na casas do suspeito

O comerciante de Jundiaí, que mantinha em sua casa, na Colônia, um laboratório de cultivo de maconha, e que foi preso por tráfico de drogas e por crime análogo ao tráfico, nesta quarta-feira (7), pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), acreditava que ópera e músicas clássicas instrumentais melhoravam a produtividade do cultivo. Por isso, as plantas eram deixadas nas estufas 'ouvindo' música, como foram encontradas pelos policiais durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão.

De acordo com o delegado Marcel Fehr, a produção era levada a sério pelo comerciante, que mantinha na casa três estufas, e que acreditava que, de fato, a música tinha influencia direta no desenvolvimento das plantas de maconha. "Ele tinha na casa três estufas, avaliadas em cerca de R$ 1 mil casa, além das lâmpadas, que custam R$ 400 cada. Isso sem contar os demais insumos utilizados no cultivo, como o fertilizante, que não é barato e a compra das sementes, que geralmente são importadas. Ou seja, ele investia bastante", disse o delegado, que completou. "Na casa, acredite, as plantas ficavam ouvindo música clássica para melhorar a produtividade", salientou ele.

Na casa dele, os investigadores descobriram as três estufas, nas quais haviam 17 vasos com pés de maconha, além de insumos e equipamentos empregados para esse cultivo. Também foram encontradas 6 kg da droga já pronta e embalada em sacos plásticos. No imóvel também foram encontrados um comprimido de metanfetamina, dois de ecstasy e três cogumelos alucinógenos, além de R$ 2,6 mil.

RELEMBRE O CASO

Policiais civis da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) prenderam um comerciante, em seu estabelecimento, no Centro de Jundiaí, nesta quarta-feira (7), por tráfico de drogas e crime análogo ao tráfico. No local foram apreendidas estufas e insumos para cultivo de plantas, que ele confessou, em um vídeo gravado pelos detetives e que já foi acrescentado ao inquérito, que os vendia para produtores de maconha - o que é proibido pela lei antidrogas, em seu artigo 34. Em sua casa, no bairro da Colônia, os agentes descobriram uma fábrica de maconha, equipada com estufas e aparelhagem específica, além de plantas da erva e 6 kg da droga, já pronta para o consumo. A operação foi realizada mediante cumprimento de mandados de busca e apreensão tanto para o comércio quanto para a residência.

De acordo com o delegado Marcel Fehr, "o comércio funciona há quatro anos se dedica oficialmente ao comércio de estufas e material para cultivo doméstico de plantas. Porém, a lei antidrogas proíbe esse comércio", disse o delegado, se referindo ao artigo 34, que diz: 'pune as condutas de fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas.'

Na loja foram apreendidos, 19 estufas, 600 kg de fertilizantes, 15 ventiladores, seis luminárias, 15 revistas com instruções para cultivo de maconha, duas balanças, um notebook, um celular e seis cadernos contendo contabilidade das vendas. Fehr explicou que o tipo de fertilizante vendido por ele, é comercializado pela empresa fabricante para o cultivo de maconha. "Foi apurado que seus fornecedores efetuavam nas redes sociais anúncios de produtos destinados ao cultivo de maconha, com postagens inclusive do produto final".

Já na casa dele, os investigadores descobriram um laboratório, com três estufas (avaliadas em cerca de R$ 1 mil, cada), nas quais estavam sendo cultivados pés de maconha - foram apreendidos 17 vasos, cujo material pesou 1,4 kg, além de insumos e equipamentos empregados para esse cultivo. Também foram encontradas 6 kg da droga já pronta e embalada em sacos plásticos. No imóvel também foram encontrados um comprimido de metanfetamina, dois de ecstasy e três cogumelos alucinógenos, além de R$ 2,6 mil.

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.