GESTÃO

Cidade está abandonada, diz oposição de Franco da Rocha

Diego Hernandez tem mobilizado grupo para ‘polarizar’ município e pressionar prefeitura por melhorias

Por Redação | 19/04/2023 | Tempo de leitura: 4 min
Jornal de Jundiaí

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Após sofrer derrota nas eleições municipais, Diego Hernandez dispara: prefeitura tem “interesses individuais”
Após sofrer derrota nas eleições municipais, Diego Hernandez dispara: prefeitura tem “interesses individuais”

Entrevistado de ontem do programa “Difusora 360”, da Rádio Difusora, Diego Hernandez, líder da oposição do município de Franco da Rocha, usou os microfones para fazer uma série de denúncias contra o descaso da atual administração em vários temas da cidade. Candidato a prefeito nas últimas eleições, sendo derrotado por Nivaldo Santos, ele destacou a área de saúde, que, segundo ele, vem sofrendo com equipamentos públicos fora de funcionamento.

É o caso da Unidade Básica de Saúde (UBS) São Benedito, que ele afirma ter sido inaugurada há cerca de um ano e, no entanto, estar fechada há 15 dias. O problema é que o motivo da interrupção do serviço é uma reforma que, de acordo com ele, não está sendo vista de fora. “Uma UBS fechada para reforma no dia seguinte tem que começar a obra, porque é um equipamento de extrema necessidade. E cadê a reforma?”, provocou ele, afirmando que usou as redes sociais para cobrar o poder público a respeito, não recebendo nenhuma resposta.

O mesmo, segundo ele, ocorre com a UBS do Monte Verde, fechada há ainda mais tempo: 6 meses. Outro ponto abordado por Diego, ainda em Saúde, é a demanda antiga da população por uma maternidade em Franco da Rocha. Ele afirma que a prefeitura anunciou, em pré-campanha, em 2019, a abertura da primeira no município, que ainda exige que as mães tenham seus filhos em outras cidades. Isso, no entanto, ainda não se concretizou.

“Já se passaram quatro anos, o prédio da maternidade está lá e não há resposta. O prédio está parado”, diz o líder. Ele também denunciou a incongruência de valores previstos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresentada para o exercício de 2024. O texto, do Executivo, seguiu para aprovação da Câmara. “Eu li o documento e vi R$ 10 para obras de drenagens e R$ 2 para o enfrentamento de pandemias e endemias. Eu disse para os vereadores: ‘vocês não podem aprovar isso, é absurdo’.” A zeladoria da cidade foi outro ponto que Diego mencionou na entrevista.

Segundo ele, devido às chuvas dos últimos meses, ele tem recebido reclamações de munícipes sobre mato alto. “Os bairros e o Centro estão abandonados. A prefeitura precisa cuidar da cidade, isso é um serviço básico”, disse. Diego, que é produtor rural e tem tradição política na família, ressaltou que tem se mobilizado para seguir na oposição de Franco da Rocha por sentir que o atual grupo que administra a cidade “se perdeu e não tem mais vontade de fazer pela cidade”, predominando, segundo ele, “interesses individuais”.

E afirmou que tem dialogado com outros candidatos que não foram eleitos para criar uma rede mais ampla. “Queremos polarizar para transformar e melhorar a política de Franco da Rocha. E oposição não é só para botar dedo na ferida, é preciso fazer oposição propositiva. Esse é o meu papel: cobrar que a prefeitura corrija os seus erros, e defender o interesse de onde a gente vive.”

PREFEITURA RESPONDE

Questionada pela reportagem do JJ, a Prefeitura de Franco da Rocha se posicionou sobre os pontos indicados pelo líder da oposição. Em nota, a gestão afirma que a UBS São Benedito “apresentou algumas patologias na obra e, para saná- -las, foi acionada a garantia contratual”. Diz ainda que “os reparos serão executados pela empresa responsável pela construção e devem ser concluídas no prazo máximo de 60 dias”.

A UBS do Monte Verde, segundo a prefeitura, “está em fase final de conclusão e tem previsão de entrega para a próxima semana”. Por fim, ainda em nota, informa que “a obra civil da nova maternidade já foi concluída”, e que neste momento estão sendo finalizadas a instalação elétrica e o sistema de CFTV. A administração diz que “a operação está prevista para iniciar em junho”.

Já sobre o planejamento previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a prefeitura diz, ainda em nota, que “a leitura do orçamento está equivocada”. Esclarece que “há uma rubrica para eventuais parcerias público-privadas na área de drenagem, que está aberta para ser suplementada, se necessário, se for concretizado algum projeto na área neste formato”. Isso, no entanto, “não tem previsão no momento”, segundo a nota. A administração frisa que “as obras de drenagem que a prefeitura executa diretamente são efetuadas por meio de outras rubricas”.

Com relação ao orçamento previsto para o enfrentamento de pandemias e endemias, segundo diz a nota, a rubrica “refere-se a eventuais transferências específicas que possam ser enviadas ao município pelos governos estadual e federal, como aconteceu na pandemia da Covid-19”.

Por fim, a nota se manifesta sobre a questão do mato alto, cuja capinação na cidade é diária, segundo ela. Aponta, porém, que “a demanda é habitualmente mais alta durante o verão e deve ser atendida ao longo das próximas semanas”.

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