Como deputado, ficaria o desafio de tentar, enfim, representar Jundiaí e Região - uma ausência, tanto na esfera federal como estadual, a que ele atribui a uma falta de um “projeto coletivo”. “Sem generalizar, vejo que muitos candidatos tentam entrar na Assembleia Legislativa do Estado ou na Câmara dos Deputados para fazer valer o próprio nome.

Para que Jundiaí consiga chegar lá, é preciso um projeto de verdade da região, que tenha um ganho para todos, e não para si mesmo”, defendeu. Para Fred, outro problema que tem criado barreiras para emplacar candidatos daqui para os parlamentos paulista e federal é a perda brutal de força do PSDB, partido ao qual se filiou e que representa boa parte de uma tradição de nomes da região de Jundiaí.

Ele acredita que a sigla saiu “enfraquecida” das últimas eleições presidenciais, o que ficou mais evidente com as urnas estaduais, que romperam a hegemonia tucana de décadas. “Tivemos uma polarização muito forte no ano passado, entre Lula e Bolsonaro. E isso foi tão intenso que todo o trabalho do PSDB ficou abafado, não foi visto.”

Na opinião dele, o problema da polarização não foi solucionado com o resultado das eleições, permanecendo um rastro de embate político que, para ele, desvia a atenção do eleitor dos outros projetos que têm sido desenvolvidos por outros partidos.

Questionado sobre seu futuro na carreira política, no entanto, Fred não disse que pretende sair da sigla - movimento que tem sido observado na trajetória de outros representantes tradicionais da cidade, a exemplo do vereador Faouaz Taha, que afirmou recentemente à Rádio Difusora sua intenção de deixar o PSDB.

“É um partido que tem história, e nele tem muita gente boa trabalhando”, apontou Fred. “O caminho é grande. Ainda acredito no PSDB. E é cedo para dizer como vai ser lá na frente”, completou.