“Trabalhei muito para ele no final de 2022, trabalhei muito para o Tarcísio [de Freitas] e sigo os apoiando. Continuo com Bolsonaro”, declarou, ponderando, no entanto, que “não concorda” com alguns comportamentos do ex-presidente, como sua ida para os Estados Unidos, de onde ainda não retornou, e também seu silêncio em meio às manifestações de seus apoiadores em frente a quartéis do Exército após o resultado das urnas no ano passado.

“Não concordo com 100% do que ele faz, mas, sinceramente, tenho muito trabalho aqui em Jundiaí para ficar pensando nisso. A gente não pode ficar no passado”, argumentou. O alinhamento político pró-direita encontra terreno fértil não só em Jundiaí, onde mais de 60% do eleitorado votou em Bolsonaro, mas também na Câmara jundiaiense, marcada por uma esmagadora maioria de parlamentares que compartilham das mesmas ideologias. Só do PL, são cinco, incluindo o presidente - entre os demais parlamentares, há pouca ou nenhuma oposição para debater as pautas nas sessões.

“Com certeza isso ajuda a trabalhar na Casa. A pauta é sempre levada ao conservadorismo da direita”, disse Albino, complementando que há “harmonia” entre a Câmara e o Executivo para aprovar os projetos. O chefe do Legislativo afirma ainda que acredita que a forte polarização entre esquerda e direita deixada pelas eleições presidenciais permanecem e devem “permanecer por um bom tempo”. “Tem muita gente que votou na Lula que já está arrependida. Ele só está falando besteira, fez um monte de promessa de campanha que não está cumprindo. As pessoas estão acordando”, opinou.

CANDIDATURA

No ano passado, Albino lançou sua campanha para candidato estadual, obtendo votos suficientes para ser eleito o 22º parlamentar do PL dentro da Assembleia Legislativo do Estado de São Paulo. Como 19 da sigla assumiram suas cadeiras - o que aponta a Alesp como outro ambiente de fácil penetração das pautas conservadoras, uma vez que ele se tornou terceiro suplente, dependendo agora da movimentação dos políticos dentro do Parlamento Paulista para garantir uma vaga também. “Muitos deles lançam candidatura para prefeito e saem, então temos uma esperança de representar Jundiaí na Alesp. Faz falta um deputado da nossa região lá dentro”, disse.

Na política local, Albino afirmou que vai “apoiar o grupo” que atualmente trabalha em consonância no município - a exemplo do atual gestor de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi, que ele citou estar já “saindo às ruas” para lançar sua candidatura a prefeito. “Tem pessoas muito boas e capacitadas tentando vaga por aí. Não posso perder meu mandato, independente de qual cargo seja, então estou disposto a apoiar”, disse, ressaltando que mais detalhes deverão ser decididos “no final do ano”.