Para ele, o comportamento de opositores em casos recentes de tentativas de criar estado de sítio em Brasília, com bombas, é uma incógnita para o dia. "Lógico que tem a preocupação com os extremistas. Tem muita conversa com a polícia de Brasília. O que acontece no momento é que o Bolsonaro abandonou o governo após as eleições e o Flávio Dino que está organizando isso. Os extremistas preocupam e a gente não sabe o que esperar, mas vamos com muita responsabilidade, evitando confusão."

EXPECTATIVA

Bancário e coordenador da subsede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Jundiaí, Douglas Yamagata revela a empolgação com o evento. "É a quinta vez que o PT ganha uma eleição presidencial e todos os fatos desde o golpe da Dilma criam expectativa nesse novo governo. O Moro fez de tudo para destruir o PT e saímos mais fortes de tudo isso. Mas não se trata só disso, o que mais marca é deixarmos claro que o fascismo tem que ser exterminado. O último governo deixou uma marca de ódio, e o pior, em nome de Deus. É a coisa mais nojenta que fizeram depois de não providenciar vacinas rapidamente e deixar pessoas morrerem. Sou católico, acredito em Deus e não acho que Deus queira matar, atirar nos outros."

Douglas acha que o percurso até a Capital do país é mais preocupante do que a posse em si. "Eu acho que Brasília não terá nada, porque vários chefes de estado estarão lá. Acho que estará mais seguro lá do que na estrada. Pode acontecer algo estranho na estrada, mas, se pensar nisso, as pessoas não vão. Eu não tenho muito temor com relação a isso."

Jornalista, Sumara Mesquita vai pela primeira vez a Brasília acompanhar uma posse presidencial. "Eu sempre quis ir para a posse do Lula. Quando ele foi eleito pela primeira vez, fiquei emocionada vendo o momento pela TV, mas, por termos passado pelo que passamos nos últimos anos, acho importante ir agora. Estou desde os anos 1990 no PT e acho que este é o melhor momento para ir para a posse", avalia.

Sumara acha que existe receio com relação a terrorismo na posse, mas se anima, além do ato, com a festa. "É necessário levar um respiro cultural para as pessoas depois de tudo o que passamos. Esses artistas que estarão lá não cantam somente pela democracia, cantam também pela volta da Cultura. Já lotaria Brasília sem o festival, porque o Lula é o Lula, mas tem a recíproca dos artistas que sabem o que o Lula fez pela Cultura."