Tratando uma doença ou um indivíduo?

28/10/2022 | Tempo de leitura: 2 min

Os chineses de hoje em dia, na sua maioria, são bem ecléticos no que se refere a tratamentos de saúde. Eles conhecem e sempre utilizaram as práticas que lhe são tradicionais, bem como as técnicas contemporâneas, modernas, ao mesmo tempo.

Existe na China um ditado: "se a sua doença é grave, você deve tomar as alopatias e remédios modernos para controlá-la. Depois você deve recorrer aos meios tradicionais para se fortalecer e corrigir as sequelas do tratamento".

O ditado explica um ponto de vista interessante para o questionamento que eu sempre escuto, de como a medicina chinesa vê o tratamento de uma doença grave, como um câncer, em especial aqueles que envolvem o uso de cirurgias, às vezes extensas, e o uso de medicações muitas vezes até deletérias para o organismo, como os Quimioterápicos.

O foco da medicina chinesa e de outras formas de terapia que fazem uso da interface energética do organismo para abordar as diferentes doenças é sempre o bem-estar e a saúde do indivíduo. O tratamento de doenças é feito restabelecendo a circulação energética que é normal, desobstruindo os canais e reforçando o centro de captação localizados nos chackras e pontos de acupuntura.

Em nenhum momento se busca destruir uma estrutura doente, ou mesmo combater diretamente um foco de inflamação ou infecção. Segundo o diagnóstico, identificamos as energias que estão desequilibradas e que permitem a existência daquela estrutura doente no organismo. Quando se restabelece a função energética normal, a estrutura doente perde alimentação que era fundamental para que ela continuasse ativa e então ela inicia um processo de ser eliminada pelas próprias vias do organismo.

No caso de doenças muito graves e estabelecidas, como um câncer, torna-se impossível retornar ao equilíbrio somente com manipulações energéticas.

Desta maneira, o tumor deve ser combatido diretamente com cirurgia, radioterapia e medicações alopáticas, quebrando a estrutura física da doença e a enfraquecendo.

Mesmo que nesse caso os remédios e tratamentos acabem comprometendo estruturas que estão normais, gerando sequelas e efeitos colaterais, é o melhor a ser feito, pois somente assim é que a doença tem a possibilidade de ser superada, tendo seu processo concluído pelo próprio organismo.

Depois da doença enfraquecida, o reequilíbrio energético fará com que o organismo retome o processo de cura naquelas estruturas que foram afetadas e reintegra essas partes ao conjunto, como era antes do processo se iniciar.

Apesar de algumas ervas de plantas utilizadas na fitoterapia tradicional e mesmo pontos de acupuntura terem efeitos similares a antibióticos e até em alguns casos, quimioterápicos, a sua aplicação tradicional não visa esses efeitos. O seu uso consiste em corrigir padrões energéticos, restabelecer circulações nos canais e meridianos e revitalizar os centros de captação de energia.

Dessa forma, o organismo aumenta sua capacidade de regeneração e corrige por si só os padrões que levaram ao aparecimento da doença.

Alexandre Martin é Médico especializado em acupuntura e com formações em medicina chinesa e osteopatia (xan.martin@gmail.com)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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