Campos Bioenergéticos

14/10/2022 | Tempo de leitura: 2 min

Muitas pessoas me perguntam quais as semelhanças e diferenças entre o sistema indiano de bioenergia, conhecido pela presença de núcleos energéticos chamados chackras, e o sistema da medicina chinesa estruturado em canais e pontos.

Trata-se da mesma anatomia energética, onde um enxerga mais pela perspectiva de grandes centros de captação e transformação de energia etérea na energia própria do organismo (os chackras) e o outro se concentra mais em pequenos núcleos periféricos a esses grandes centros, que podem ser utilizados como um regulador de potência é utilizado para  aumentar ou diminuir o ritmo de funcionamento de um motor elétrico.

O importante é ter em mente que esses centros desempenham papel fundamental para o funcionamento dos órgãos e vísceras do corpo, tanto individualmente quanto em maneira integrada.

É como se eles recebessem energia cósmica, em "alta tensão", transformando-a em uma energia de "baixa tensão", em um processo semelhante ao que fazem os transformadores nos postes, nas ruas, com a energia das grandes linhas de transmissão.

Ao mesmo tempo, esse sistema energético faz um papel de comunicação entre os diferentes sistemas, ou seja, cada núcleo energético não está isolado; Ele recebe, transforma e envia energia para os sistemas adjacentes.

Na tradição indiana, esse é o sistema de Ascensão do Kundalini através da coluna vertebral, estrutura física que na medicina chinesa, abriga o canal denominado Du Mai, o vaso (canal) governador, assim chamado por controlar toda a energia ativa (yang) do corpo.

O sistema bioenergético controlado facilita o funcionamento de órgãos e vísceras e a clareza do funcionamento da mente, por isso que uma pessoa equilibrada energeticamente, com o livre fluxo de ascensão e descenso nos seus canais de energia, se torna uma pessoa realizadora e com segurança para enfrentar a vida.

Acaso uma pessoa fique com a sua energia do fígado estagnada por exemplo, isso mexe com o seu emocional tornando-a reativa a qualquer tipo de crítica ou mesmo uma pessoa que se magoa com facilidade, diante das adversidades da vida.

Esse destempero, que podemos chamar de "transtorno de humor" dentro da Medicina contemporânea, dificulta a capacidade de comunicação do indivíduo e por consequência, a sua possibilidade de realização de projetos e relacionamento social.

Essa condição de impossibilidade poderá preocupar o indivíduo e, por sua vez, o sentimento de preocupação enfraquece a energia do baço-pâncreas, que possui os seus próprios centros energéticos integrados. Ao sentir-se enfraquecido, o baço tenta compensar esse déficit energético aumentando o apetite ou desejo por alimentos de sabor doce, o que vai contribuir para o ganho de peso do indivíduo.

Isso é um exemplo claro e frequente das interações das energias dos diferentes centros energéticos para interferir nos nossos sistemas orgânicos como o endócrino e o nervoso.

O conhecimento desse fenômeno ajuda o indivíduo a decidir se ele precisa de um reequilíbrio energético para auxiliar o tratamento dessas condições.

Alexandre Martin é médico especializado em Acupuntura e com formação em medicina chinesa e osteopatia.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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