A Câmara Municipal de Campinas pode endurecer as regras contra motoristas e motociclistas que utilizam escapamentos barulhentos. Um projeto de lei protocolado pelo vereador Eduardo Magoga (Podemos) estabelece penalidades para veículos que ultrapassem os limites de ruído permitidos. Se aprovado, os infratores estarão sujeitos a uma multa de 2.000 Unidades Fiscais de Campinas (Ufics), o equivalente a R$ 9.761.
- Clique aqui para fazer parte da comunidade da Sampi Campinas no WhatsApp e receber notícias em primeira mão.
Em casos de reincidência, a penalidade será dobrada na primeira repetição e quadruplicada a partir da segunda, caso a infração ocorra em um intervalo inferior a 30 dias. A medida também prevê as sanções já descritas no Código de Trânsito Brasileiro, como apreensão e remoção do veículo para regularização.
O projeto define os níveis máximos de ruído com base na Resolução 418/2009 do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente). Para veículos com dois eixos ou mais, os limites variam de 98 a 103 decibéis, enquanto para motocicletas e veículos similares o limite é de 99 decibéis.
Impactos na saúde
Segundo Magoga, o barulho excessivo gerado por escapamentos é uma das principais queixas da população e tem impacto direto na saúde e qualidade de vida dos moradores. “A exposição contínua a ruídos altos pode levar a estresse, insônia, perda auditiva e até problemas cardiovasculares. Além disso, veículos barulhentos frequentemente estão associados a direção imprudente, o que reforça a necessidade de medidas que promovam um trânsito mais seguro”, destacou o vereador.
Exceções previstas
Veículos com finalidades específicas, como uso militar, agrícola, tratores e máquinas de pavimentação, estão isentos das exigências previstas no projeto.
Com a Câmara em recesso legislativo, o projeto começará a tramitar em fevereiro, quando será analisado pelas Comissões Permanentes antes de ir a votação no plenário. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada em duas votações e sancionada pelo prefeito.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.