Aos seis anos, o artista plástico e teatrólogo Carlos ABC e irmão foram com a mãe comprar seu presente de Natal. Ele sabia muito bem o que queria: um presépio. Não para enfeitar a casa, mas para ele mesmo brincar. Desde então, colecionar presépios virou uma paixão, que agora é compartilhada com o público na inédita exposição montada no Armazém 14 do Engenho Central. A mostra, realizada pela Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural), tem mais de 300 presépios, e fica aberta até o dia 6 de janeiro de 2025. A visitação é sempre sempre aos sábados e domingos, das 9h às 17h, com entrada gratuita.

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Estão expostos presépios de mais de 50 nacionalidades, de diversos tamanhos, formatos e confeccionados em distintas décadas. É possível ver presépios da Suíça, México, Chile, Turquia, Jerusalém, Paraguai, Grécia, Itália, Estados Unidos, Japão, Etiópia, Luxemburgo, Espanha, Irlanda, entre outros países. Tem, também, presépios de diferentes regiões do Brasil.

O acervo conta com peças executadas em materiais inusitados, como de palitos, rolhas, brinquedos, pinos de boliche, potinhos de iogurte, garrafas, jornais, palhas, bolas de meias, brinquedos, bijuterias, capsulas de café, entre outros materiais.

“É interessante que as pessoas vejam que se pode retratar a cena do nascimento de Jesus com qualquer tipo de material corriqueiro ou não. O que importa é a criatividade e mostrar às pessoas o verdadeiro sentido e imagem do Natal, o nascimento, a renovação de esperança", explica o artista e colecionador.

O presépio representa a crença cristã do nascimento de Jesus Cristo em Belém. A tradição da montagem dos presépios remonta do ano de 1223 e o primeiro teria sido construído por São Francisco de Assis. Segundo a tradição, ao invés de festejar o Natal na igreja, como era seu hábito, o Santo comemorou a data na floresta da cidade de Greccio, na Itália, para onde mandou uma manjedoura, um boi e um burro. O objetivo era explicar o Natal aos camponeses que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus. Depois disso, o costume se espalhou pelas catedrais, mosteiros e igrejas da Europa da Idade Média.