'BRINCANDO DE TROTE'

Pais denunciam trote 'transfóbico' em escola estadual de Franca

Por Bruna Góis | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/Google
Escola Estadual 'Dr. João Marciano' foi o principal alvo de denúncia dos pais
Escola Estadual 'Dr. João Marciano' foi o principal alvo de denúncia dos pais

Pais e alunos denunciaram um trote considerado transfóbico por eles realizado na Escola Estadual "Dr. João Marciano", em Franca. Segundo os relatos, o trote propunha que estudantes do 3º ano do Ensino Médio fossem à escola vestidos com roupas associadas ao sexo oposto. Alunos LGBTQIA+ e aqueles em processo de transição de gênero afirmaram ter vivido um dia traumático.

De acordo com pais, na última sexta-feira, 6, no período da manhã, o episódio gerou indignação. “É engraçado, né? Passaram o ano todo sendo homofóbicos e transfóbicos, e agora aceitam uma brincadeira dessas?”, criticou um estudante de 18 anos.

Na escola, estudantes LGBTQIA+ e seus responsáveis relataram humilhação durante a ação, além de afirmarem que discursos preconceituosos são frequentes. “Meu filho reclama e diz que não tem voz ativa entre os colegas. Apesar de já termos solicitado à direção que intervenha, nada mudou. Ele até quis faltar nesse dia, mas está em semana de provas e poderia ser prejudicado”, disse uma empresária de 56 anos, mãe de um aluno do 3º ano.

Na terça-feira, 10, pais e responsáveis se reuniram com seus filhos na entrada da unidade para tentar conversar com a direção e pedir o fim dos trotes, temendo que os alunos mais jovens enfrentem situações semelhantes. “Meu filho mais velho, graças a Deus, se forma este ano e não permiti que participasse dessa brincadeira sem sentido. Minha filha, que começará o Ensino Médio no ano que vem, está assustada com os relatos que ele trouxe para casa”, afirmou um gerente de operações, de 49 anos, pai de dois adolescentes, de 17 e 14 anos.

Estado promete realizar escuta ativa

A reportagem do portal GCN/Sampi procurou a direção da escola e não obteve resposta. Já a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), em nota, reafirmou que repudia qualquer forma de discriminação dentro e fora das escolas.

Em relação ao caso mencionado, a Diretoria de Ensino de Franca disse que ainda não recebeu as denúncias, mas já apura o ocorrido. “Vamos realizar uma escuta ativa com estudantes e funcionários para garantir um ambiente escolar acolhedor e respeitoso para todos”, declara a pasta.

A Seduc-SP também destacou que a equipe regional do Programa Conviva SP está atuando na escola para elaborar ações de conscientização com a comunidade escolar. “Nosso currículo aborda questões como identidade, racismo e diversidade de forma transversal, e os educadores recebem formações contínuas sobre temas centrais para a promoção da igualdade e direitos humanos”, conclui.

Transfobia agora é crime?

Desde 2019, atos de homofobia e transfobia são considerados crimes de racismo, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida garante proteção legal não apenas com base em características como raça, cor, etnia ou origem, mas também em relação à identidade de gênero e orientação sexual. Ofensas contra homossexuais e transexuais podem ser enquadradas como injúria racial.

Anteriormente, a pena prevista para injúria racial era de reclusão de um a três anos, além de multa. Em dezembro de 2022, o STF aprovou o enquadramento de atos homofóbicos e transfóbicos nessa categoria, e, em janeiro de 2023, esse entendimento foi garantido por lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A punição passou a ser de dois a cinco anos de prisão. Caso o crime seja cometido por duas ou mais pessoas, a pena é dobrada.

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Comentários

5 Comentários

  • Tatiane 9 horas atrás
    Sinceramente, tá ficando chato o mundo.
  • Falou tudo 9 horas atrás
    REPOSTANDO PORQUE ESSA PESSOA SENSATA DISSE TUDO!!!! GERAÇÃO CHEIA DE MIMIMI COMO SE A ESCOLA TIVESSE CULPA DOS PRÓPRIOS ESTUDANTES NÃO TEREM UM MÍNIMO DE NOÇÃO E EDUCAÇÃO PARA FAZER QUAISQUER TIPO DE BRINCADEIRA, COMO UM TROTE. NA MINHA ÉPOCA SEMPRE TEVE E NUNCA FOI UM PROBLEMA MAS, AGORA, ESSA SOCIEDADE DE ADOLESCENTES DOENTES E CHEIOS DE DEPRESSÃO QUE NÃO SABEM DIGERIR NENHUMA EMOÇÃO, FICARAM TRISTES COM A BRINCADEIRA E AGORA TEM QUE PROIBIR. DEPOIS OS MESMOS VEM E RECLAMAM QUE NA ESCOLA NÃO TEM NADA DE DIFERENTE E BLABLABLÁ. É UM ABSURDO COMO OS PAIS DOS ALUNOS CULPAM A ESCOLA E NÃO PARAM PARA PENSAR QUE A ESCOLA QUEM FAZ SÃO OS ALUNOS E OS ALUNOS, SÃO SEUS PRÓPRIOS FILHOOOOOOOOOOOOOOOS. SE NÃO ESTÁ BOM É NECESSÁRIO ANALISAR A EDUCAÇÃO QUE ESTÁ SENDO DADA EM CASA NÉ?
  • ALESSANDRACRISTINAFRANAMARQ 9 horas atrás
    Sempre teve a brincadeira de se vestirem da forma contrária ao seu sexo no trote simples assim , nada ofensivo . Agora tudo vira está besteira sem sentido ! Esses pi deveriam ir para as escolar pra reivindicarem um ensino de melhor qualidade , se preocuparem mais com o que seus filhos estão aprendendo, não que que rumo este mundo ???? vai parar ! Mimimi
  • Indignação 12 horas atrás
    COMO SE A ESCOLA TIVESSE CULPA DOS PRÓPRIOS ESTUDANTES NÃO TEREM UM MÍNIMO DE NOÇÃO E EDUCAÇÃO PARA FAZER QUAISQUER TIPO DE BRINCADEIRA, COMO UM TROTE. NA MINHA ÉPOCA SEMPRE TEVE E NUNCA FOI UM PROBLEMA MAS, AGORA, ESSA SOCIEDADE DE ADOLESCENTES DOENTES E CHEIOS DE DEPRESSÃO QUE NÃO SABEM DIGERIR NENHUMA EMOÇÃO, FICARAM TRISTES COM A BRINCADEIRA E AGORA TEM QUE PROIBIR. DEPOIS OS MESMOS VEM E RECLAMAM QUE NA ESCOLA NÃO TEM NADA DE DIFERENTE E BLABLABLÁ. É UM ABSURDO COMO OS PAIS DOS ALUNOS CULPAM A ESCOLA E NÃO PARAM PARA PENSAR QUE A ESCOLA QUEM FAZ SÃO OS ALUNOS E OS ALUNOS, SÃO SEUS PRÓPRIOS FILHOOOOOOOOOOOOOOOS. SE NÃO ESTÁ BOM É NECESSÁRIO ANALISAR A EDUCAÇÃO QUE ESTÁ SENDO DADA EM CASA NÉ?
  • Tião Gavião 13 horas atrás
    Meu deus aonde vamos parar, esse tipo de trote sempre existiu