Três vereadores de Ubatuba foram afastados de suas funções e ficaram impedidos de frequentar a Câmara enquanto durar a suspensão de seus respectivos mandatos eletivos.
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A decisão é da Justiça, após investigação movida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do Ministério Público. Os parlamentares podem recorrer.
A denúncia inclui os vereadores Eugênio Zwibelberg (Avante), Josué D’Menor (Podemos) e Júnior JR (Podemos) e outras 10 pessoas, incluindo parentes dos três parlamentares.
Eles são réus em processo que apura a prática de crimes como associação criminosa, concussão (exigir vantagem indevida em função do cargo ocupado), coação e cárcere privado..
O caso diz respeito a uma investigação que mirou em esquema de "rachadinha", caracterizado pela exigência do repasse a políticos de parte dos salários de ocupantes de cargos comissionados.
Na ordem judicial da última terça-feira (29), o juiz Diogo Volpe Gonçalves Soares determina o afastamento também de nove servidores. Eles e os parlamentares ficaram ainda proibidos de manter contato com qualquer pessoa relacionada ao processo.
Segundo o apurado pelo Gaeco, até mesmo o responsável pelo contrato de manutenção dos computadores da Câmara de Ubatuba repassava a um dos vereadores o valor de R$ 3 mil mensais.
Há ainda relatos de uma vítima mantida em cárcere privado para que não denunciasse o esquema. Além disso, uma das testemunhas que sofreram coação mediante grave ameaça foi encontrada morta e amordaçada em agosto de 2023.
No mesmo mês, o Gaeco e a Polícia Civil deflagraram a Operação Corvêia, ocasião em que cumpriram 14 mandados de busca e apreensão no município do Litoral Norte.
Outro lado.
A Câmara de Ubatuba informou que os vereadores serão afastados e três suplentes assumirão os postos.
Em nota, Júnior JR disse que está “muito tranquilo e sereno a todos os fatos inverídicos imputados e que acredita que finalmente, poderá fazer sua defesa, evidenciando toda a verdade”.
“Esse triste cenário decorre da postura dele como vereador, por ser muito firme e combativo e que o mais importante é que ele tem a consciência tranquila. Nada irá me fazer desistir de lutar por Ubatuba. Faria tudo novamente”, disse o vereador.
A defesa de Josué D’Menor se pronunciou por nota: “Aguardamos a intimação para fazer nossa defesa, esclarecer os fatos, para que tudo se resolva. Reforçamos que o vereador sempre esteve e está a disposição da justiça, ele segue com a consciência tranquila e provará sua inocência”.
A defesa de Eugênio Zwibelberg não foi localizada. O espaço segue aberto para a manifestação do vereador.
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