CLAMOR POR JUSTIÇA

Não vou me silenciar, diz mãe que salvou filha e neta de ex-genro

da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Rosana Baldim Ramazini relata o terror vivido por sua família e pede justiça: 'Que ele seja punido pelas atitudes dele. Nós, mulheres, precisamos ser ouvidas'
Rosana Baldim Ramazini relata o terror vivido por sua família e pede justiça: 'Que ele seja punido pelas atitudes dele. Nós, mulheres, precisamos ser ouvidas'

“As imagens ainda estão na minha cabeça”. É assim que Rosana Baldim Ramazini descreve o ataque que ela, sua filha Amanda Baldim Ramazini, de 32 anos, e a neta de apenas 1 ano sofreram na manhã dessa segunda-feira, 21, em Franca. O agressor foi Luis Fernando Moreira Bentivoglio Silveira, de 32 anos, engenheiro civil e ex-genro de Rosana. Amanda está grávida do agressor.

Apesar de o ocorrido parecer um filme de terror, a Polícia Civil acredita que, se não fosse a presença de Rosana no apartamento do Condomínio Ecoville, o desfecho poderia ter sido trágico.

“Que ele seja punido pelas atitudes dele. Que nós, mulheres, possamos ser ouvidas. Que possamos ser a voz de muitas que foram caladas. As imagens ainda estão na minha mente, eu não sei nem o que fazer. Nunca imaginei passar por algo assim”, desabafou Rosana.

Esse desabafo veio logo após o advogado de defesa do engenheiro entrar com um pedido de habeas corpus, depois de Luis Fernando ter sua prisão preventiva decretada pela Justiça na terça-feira, 22.

“É um apelo de mãe, de mulher... de avó! Que isso tenha um fim. Que ele seja punido pelas atitudes dele e que nós sejamos ouvidas. Não é justo que um homem com alto grau de periculosidade seja solto. Na semana passada, ele foi preso por ameaçar minha filha e, logo depois, foi solto, para então fazer o que fez comigo, minha filha e minha neta. O poder público não teve voz. Eu não vou me silenciar”, afirmou Rosana.

Histórico de violência doméstica

O barbeiro Augusto Baldim Ramazini, irmão de Amanda, relatou que toda a família está profundamente abalada. Ele também revelou o histórico de violência no relacionamento da irmã com o ex-cunhado.

"Minha irmã sempre tentou manter o relacionamento por causa dos filhos, mas o abuso era constante. Sabíamos que era complicado, mas ela guardava quase tudo para si. Havia abusos verbais e físicos, principalmente", contou Augusto. Ele ainda mencionou que, antes do episódio da semana passada, quando Luis foi preso por ameaçar e perseguir Amanda em Ribeirão Preto, o engenheiro já havia sido preso duas vezes por violência doméstica.

Agora, uma das maiores preocupações da família são as possíveis sequelas das facadas. Segundo Augusto, o braço de Amanda, gravemente atingido, pode perder o movimento. “Há chances de que ela perca o movimento de um ou dos dois braços devido às facadas. Esperamos que minha irmã se recupere logo”, disse o barbeiro.

Augusto também relatou que o engenheiro tinha um objetivo claro ao invadir o apartamento: matar Amanda, mas a presença da mãe frustrou seus planos.

“Ele estava determinado a tirar a vida delas, mas o alvo principal era minha irmã. Se minha mãe não estivesse lá, ela certamente teria morrido. Minha mãe usou o próprio corpo para defendê-las”, finalizou Augusto, emocionado ao lembrar dos momentos de terror vividos pela família.

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Comentários

3 Comentários

  • Constantino Silva 3 dias atrás
    A policia prende e a justica solta. Esse sistema judiciario nosso é uma vergonha.
  • Indignada 3 dias atrás
    Não tem justificativa para um ato como esse. Se o rapaz não fosse letrado, seria classificado como ignorante, etc. Uma pessoa aparentemente de boa família, com diploma e cujo o ego ferido, afetou sua consciência. Erro da justiça que não consegue manter preso uma pessoa com histórico violento. Pode ter certeza de que a família vai usar desse desequilíbrio emocional para que ele tenha tratamento diferenciado. Erro do porteiro em permitir a entrada sem o consentimento da família. É pq não era o dia, senão o derramamento de sangue seria muito pior.
  • cezar augusto 3 dias atrás
    este VAGABUNDO/COVARDE não pode ser solto - tem que aguardar julgamento preso -