CONDENAÇÃO

Preso em Taubaté, Peixoto foi condenado a 10 anos de prisão

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Roberto Peixoto ao lado da mulher Luciana Peixoto
Roberto Peixoto ao lado da mulher Luciana Peixoto

Preso em sua própria casa no bairro Chafariz, em Taubaté, por volta de 11h deste sábado (31), o ex-prefeito de Taubaté, Roberto Peixoto, 74 anos, foi condenado pelo TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) a 10 anos e seis meses de prisão, no regime inicial fechado, e 33 dias-multa, no valor unitário de um salário mínimo.

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Luciana Flores Peixoto, 71 anos, mulher do ex-prefeito, também foi condenada a seis anos, oito meses e 30 dias de reclusão, no regime inicial semiaberto, e 22 dias-multa, no valor unitário de um salário mínimo. Ela segue em liberdade. O casal foi condenado na Justiça Federal pelo crime de lavagem de dinheiro.

A defesa do ex-prefeito entrou com pedido de prisão domiciliar em razão da saúde debilitada do político, que governou Taubaté de 2005 a 2012.

Segundo o advogado Anthero Mendes Pereira Júnior, Peixoto está debilitado por sequelas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Ainda segundo ele, o ex-prefeito é interditado e tem a esposa como tutora.

“Ele está sem condição cognitiva e está interditado pela justiça da Vara da Família, e a esposa é a curadora. Ele está cometido por doença grave e não tem condição de ficar preso. Esperamos que hoje saia o provimento para ele ir para casa”, disse o advogado a OVALE.

Condenação.

Em fevereiro de 2020, além da pena de prisão, o TRF-3 manteve o perdimento de bens que o casal Peixoto adquiriu para ocultar a origem do dinheiro ilícito, como um apartamento em Ubatuba, um sítio em São Bento do Sapucaí, dois imóveis em Taubaté e um veículo.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal), os crimes foram cometidos a partir do primeiro mandato de Peixoto como prefeito, pelo PSDB, e continuaram no segundo mandato, já filiado ao MDB.

O esquema, segundo a denúncia, consistia no superfaturamento de contratos de merenda (com as empresas Sistal e, depois, EB) e medicamentos (com a Home Care e, depois, a Acert), em troca propina equivalente a 10% dos valores.

Anthero Júnior disse que Peixoto é inocente das acusações e que tenta uma revisão criminal para que o caso volte à segunda instância. A condenação do ex-prefeito conta com sentença definitiva, ou seja, com trânsito em julgado, sem possibilidade de a defesa recorrer.

“Peixoto nega a acusação totalmente. Não tem provas, nenhuma escuta telefônica. Ele teve o telefone grampeado e não tem prova. A gente respeita a decisão, mas não concordamos e vamos atrás da inocência dele”, afirmou o advogado.

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