JUSTIÇA

Agiotas da 'Maré Alta' são condenados; líder pega 10 anos

da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Os dez envolvidos na Operação 'Maré Alta', realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no fim do ano passado
Os dez envolvidos na Operação 'Maré Alta', realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no fim do ano passado

Nesta última quinta-feira, 28, a 2ª Vara Criminal da Comarca de Franca condenou os denunciados na Operação "Maré Alta", realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no fim do ano passado.

Os réus foram considerados culpados por integrarem uma organização criminosa envolvida em agiotagem, com cobranças de juros abusivos de até 30%, além de extorsão violenta contra as vítimas.

Segundo o Ministério Público, durante a investigação foi revelado que o grupo criminoso utilizava empresas de fachada e contas bancárias em nome de familiares para lavar o dinheiro.

O líder da organização, Bruno Aparecido de Almeida Costa, movimentava cerca de R$ 650 mil por mês apenas em juros. Esses valores vinham, em grande parte, de empresários que financiavam o esquema em troca de retornos mensais entre 8 e 10%.

Ainda de acordo com o Gaeco, as cobranças eram feitas com ameaças, incluindo menções a conexões com outras facções criminosas como forma de intimidação.

Funções e perfis dos condenados

  • Liderança: Bruno Aparecido de Almeida Costa coordenava o esquema, determinando os métodos de violência para cobrança de dívidas e assegurando o intercâmbio de dinheiro entre os financiadores.
  • Mutualista: Marcela de Pádua Lima, próxima ao líder, tinha grande experiência em agiotagem e atuava com autonomia, mantendo ligações com outra quadrilha de agiotas. Embora tenha sido absolvida de integrar a organização, foi condenada por atividade criminosa isolada devido à sua influência e periculosidade.
  • Executores: Natã Simões Leal, Jean Cardoso da Silva, Douglas de Carvalho Rosa e Wesley Henrique Paulista da Silva eram responsáveis por convencer as vítimas a obter empréstimos e realizar ameaças.
  • Financiadores: André de Oliveira Venâncio, André Augusto Ferreira Ribeiro, Rodolfo Lomônaco Arantes e Gustavo Migueletti forneciam os recursos para os empréstimos, visando altos lucros com os juros cobrados das vítimas.

Condenações e penas

Todos os réus receberam penas de prisão em regime fechado, variando conforme o envolvimento:

  • Bruno Aparecido de Almeida Costa: 10 anos, 2 meses e 15 dias de reclusão, 8 meses e 5 dias de detenção, e pagamento de 26 dias-multa.
  • Rodolfo Lomônaco Arantes: 8 anos e 9 meses de reclusão, 7 meses de detenção e pagamento de 24 dias-multa.
  • André Augusto Ferreira Ribeiro, André de Oliveira Venâncio e Gustavo Migueletti: 7 anos e 6 meses de reclusão, 6 meses de detenção e pagamento de 23 dias-multa.
  • Natã Simões Leal, Jean Cardoso da Silva, Douglas de Carvalho Rosa e Wesley Henrique Paulista da Silva: 7 anos e 6 meses de reclusão, 6 meses de detenção e pagamento de 23 dias-multa.
  • Marcela de Pádua Lima: 6 anos de reclusão, 7 meses e 6 dias de detenção, e 32 dias-multa.
Bruno Aparecido de Almeida, líder da quadrilha, gostava de ostentar nas redes e foi condenado por organizar esquema de agiotagem com violência e ameaças
Bruno Aparecido de Almeida, líder da quadrilha, gostava de ostentar nas redes e foi condenado por organizar esquema de agiotagem com violência e ameaças

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Comentários

2 Comentários

  • Anônimo 12 horas atrás
    Seria justo que apodresessem na cadeia mas isto não irá acontecer da para imaginar porquê,no Brasil se condena e descondena a revelia.
  • Njr 16 horas atrás
    Até parece que esse bando de vagabundos irão puxar essa cana toda...