PRESO EM TAUBATÉ

Com saúde debilitada, Peixoto tenta prisão domiciliar em Taubaté

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Arquivo / OVALE
Roberto Peixoto, ex-prefeito de Taubaté
Roberto Peixoto, ex-prefeito de Taubaté

A defesa do ex-prefeito de Taubaté, Roberto Pereira Peixoto, 74 anos, que foi preso na tarde deste sábado (31), entrou com pedido de prisão domiciliar em razão da saúde debilitada do político, que governou Taubaté de 2005 a 2012.

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Segundo o advogado Anthero Mendes Pereira Júnior, Peixoto está debilitado por sequelas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Ainda segundo ele, o ex-prefeito é interditado e tem a esposa como tutora.

“Ele está sem condição cognitiva e está interditado pela justiça da Vara da Família, e a esposa é a curadora. Ele está cometido por doença grave e não tem condição de ficar preso. Esperamos que hoje saia o provimento para ele ir para casa”, disse o advogado a OVALE.

Segundo Anthero Júnior, Peixoto foi preso na casa dele, no bairro Chafariz, em Taubaté, por volta de 11h deste sábado. Ele e a mulher, Luciana Flores Peixoto, 71 anos, foram condenados na Justiça Federal pelo crime de lavagem de dinheiro. A esposa não foi presa.

Em razão da condição de saúde, Peixoto foi levado para a delegacia no carro da família, escoltado por policiais. Ele passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) de Taubaté e segue detido na delegacia da Polícia Civil.

Caso não consiga uma decisão favorável à prisão domiciliar, Anthero Júnior disse que fará o pedido na audiência de custódia que Peixoto deve ter amanhã, na delegacia onde está detido.

“Se a prisão prevalecer até amanhã, vamos fazer o pedido na audiência de custódia, para obter o provimento pela prisão domiciliar”, disse.

Se a tentativa não der certo, Peixoto deve ser encaminhado para um CDP (Centro de Detenção Provisória).

Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região a 10 anos e seis meses de prisão, no regime inicial fechado, e 33 dias-multa, no valor unitário de um salário mínimo.

Luciana foi condenada a seis anos, oito meses e 30 dias de reclusão, no regime inicial semiaberto, e 22 dias-multa, no valor unitário de um salário mínimo. Ela segue em liberdade.

Condenação.

As condenações foram por crimes de lavagem de dinheiro relativo a um apartamento de Ubatuba em abril de 2005, pelo crime de lavagem relativo a um imóvel da Rua Elis Regina datado em junho de 2007 e outro crime de lavagem referente a um sítio em agosto de 2007.

Essa é a segunda vez que o político de Taubaté é preso. A primeira foi em 21 de junho de 2011, quando ele e a esposa foram presos durante uma investigação sobre fraude em licitações.

Anthero Júnior disse que Peixoto é inocente das acusações e que tenta uma revisão criminal para que o caso volte à segunda instância. A condenação do ex-prefeito conta com sentença definitiva, ou seja, com trânsito em julgado, sem possibilidade de a defesa recorrer.

“Peixoto nega a acusação totalmente. Não tem provas, nenhuma escuta telefônica. Ele teve o telefone grampeado e não tem prova. A gente respeita a decisão, mas não concordamos e vamos atrás da inocência dele”, afirmou o advogado.

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