A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a DIG (Delegacia de Investigações Gerais), de Franca, divulgaram orientações sobre crimes cibernéticos.
Nos últimos anos, esse tipo de crime tem se tornado cada vez mais frequente e variado, afetando milhares de pessoas diariamente, muitos na modalidade de estelionato.
Segundo o advogado Acir de Matos Gomes, os criminosos são "audaciosos e inteligentes". Sempre tentam passar confiança à vítima, muitas vezes se apresentando como agentes de bancos e mandando mensagem como se fossem funcionários da instituição financeira e informando sobre uma compra indevida efetuada no seu cartão, induzindo a vítima a confirmar seus dados e identidade.
Segundo os representantes das entidades disseram em entrevista coletiva, na maioria das vezes, ao fazerem a abordagem, esses criminosos conhecem tudo da vida financeira da pessoa, onde mora, conta bancária, e então a vítima acaba tendendo a acreditar que se trata realmente se um porta-voz do banco. Nesse momento, muitas pessoas acabam fazendo transferências, confirmando dados sigilosos. A maioria das pessoas que cai nesse tipo de golpe é principalmente da faixa dos idosos, segundo Matos.
A polícia tem se esforçado para acompanhar a evolução desses crimes e buscar novas formas de combatê-los, trabalhando "incessantemente para identificar e prender os responsáveis", segundo o delegado da DIG, Gabriel Fernando Tomás Silva. Para isso, o órgão utiliza ferramentas legais, mas a natureza digital dos crimes dificulta a localização e prisão dos criminosos, que muitas vezes operam de locais distantes e utilizam técnicas sofisticadas para ocultar suas identidades. Eles usam a inteligência artificial para pegar um vídeo da rede social, por exemplo, de onde conseguem extrair a voz e a imagem e usar como se fosse a pessoa, por meio até de chamada de vídeo da web.
O delegado orienta as vítimas a sempre guardar todos os comprovantes e informações relevantes, pois esses dados são fundamentais para que a polícia possa investigar e identificar os criminosos.
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