A educação municipal de Franca está em luto por conta da morte da professora Isabelle Freitas da Silva, aos 42 anos, ocorrido no último sábado, 20. Isabelle vinha lutando pela vida desde o ano passado, entre idas e vindas ao hospital.
Luta pela vida
A professora teve uma infecção urinária, com alterações no exame de hemograma. Isabelle chegou a fazer uma cirurgia para a retirada de alguns centímetros do intestino devido às dores abdominais e, mesmo assim, ainda sofria complicações com seu estado de saúde. Os médicos buscavam saber o que ela tinha.
No dia 13 de julho, Isabelle precisou ser internada no Hospital São Joaquim e morreu no último sábado, 20. O protocolo da causa da morte da professora apontou que ela tinha leucemia.
O corpo dela foi sepultado nesse domingo, 21, no Cemitério Santo Agostinho. A professora deixa os pais com que morava, duas irmãs e três sobrinhos, que também eram os seus afilhados.
‘Tinha o dom de ensinar com amor’
Amigas e a irmã de Isabelle revelam o lado pessoal da professora, que era querida por onde passava. Isabelle trabalhou nas escolas "Hélio Paulino Pinto", "Frei Germano", "Professora Izanild Paludetto Silva" e, por último, neste ano, estava na "Profª Luzinete Cortez Balieiro", mas não chegou a atuar por conta do tratamento.
Cristiane detalha que, da parceria da sala de aula, ela e Isabelle criaram uma amizade para a vida e que compartilharam, juntas, momentos de alegria e de tristeza.
Disputada pelos alunos
Irmã de Isabelle, Michele Freitas da Silva comenta o amor que a professora tinha pela sala de aula. “Uma professora que tratava com muito carinho e amor os alunos, ela era muito dedicada na profissão dela, era amorosa. Ela pensava no próximo, nos alunos, em primeiro lugar. Ela chegava ao ponto de tirar do dinheiro dela para dar material escolar para os meninos que não tinham condições de ter, eu já vi ela comprar calçado para o menino que não tinha tênis para ir para a escola. Ela era muito amorosa, cuidava com muito amor”, diz.
Michele revela que, em um momento como professora, a irmã chegou a trocar de sala, e que tal mudança de turma causou "briga", porque uma aluna queria continuar com ela.
Educadores lamentam
A educadora Andreia Braguim relata que trabalhou junto com Isabelle e descreve a professora. “Eu fui coordenadora dela. Ela estava em outra escola neste ano, não chegou nem a trabalhar por conta do tratamento. Era uma pessoa muito especial mesmo. Da minha parte, era uma professora irretocável, empática, sempre colaborando com as colegas nas questões de compartilhar, muito carinhosa com os alunos. Uma pessoa assim, que era luz, competentíssima e foi uma perda muito grande, um susto muito grande, pra quem sabia do tratamento e pra quem não sabia, né?"
Orientadora educacional, Rosana Ponce trabalhou com Isabelle ainda no ano passado e conta que a professora era muito comprometida com sua profissão.
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