PRÉDIO HISTÓRICO

Após 900 dias de obras, Edifício Central da Esalq é reinaugurado

Por Da Redação | Jornal de Piracicaba
| Tempo de leitura: 3 min
Gerhard Waller/Esalq

Ícone de Piracicaba, o Edifício Central da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), teve sua reforma concluída após quase 900 dias de trabalho de restauração. A entrega da obra finalizada aconteceu no último dia 5 de julho, durante visita do reitor da USP (Universidade de São Paulo), Carlos Gilberto Carlotti Junior.

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Parte do conjunto arquitetônico do campus Luiz de Queiroz, o prédio foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) em 2006,  e passou a ser reconhecido como bem cultural, histórico, arquitetônico e ambiental, além de Patrimônio Público do Estado de São Paulo. As obras tiveram início em 2022, depois que o Condephaat enviou um ofício com orientações sobre a preservação de pontos históricos do prédio. No caso, as normas consideraram que toda a área da fachada, ornamentos, gradis de ferros, gateiras e portas deveriam ter as características originais preservadas.

Para o reitor, o resultado do trabalho, que envolveu cerca de 100 colaboradores, foi considerado satisfatório e bem feito. “O prédio ficou muito bonito, fiquei impressionado com a qualidade do seu restauro. Eu sei o quanto é difícil fazer obra pública de qualidade, mas aqui estamos diante de um trabalho muito bem feito”, afirmou Carlotti. A diretora da Esalq, Thais Vieira, destaca a importância do Edifício Central no imaginário das pessoas e o significado de preservá-lo e adaptá-lo às atuais demandas. “O que eu posso dizer como diretora, como professora e como ex-aluna da Esalq é que o Edifício Central é o ícone, é a primeira imagem que vem à mente da maioria das pessoas que estudaram aqui, que passaram pela nossa escola, ou que vêm até a Esalq para se exercitar. É um dos símbolos máximos da escola, estampado em materiais de divulgação, em camisetas feitas pelos centros acadêmicos, por grupos de extensão, associações de alunos, reprodução como réplica, reprodução em quadros, entre outros”, disse.

Reforma

Na parte interna do edifício, houve ampliação nas áreas de banheiros e copas e, para melhor atender às demandas do público, foram trocados os pisos das áreas molhadas por um piso de porcelanato e instaladas novas bancadas de mármores, cabines de bacias sanitárias e banheiros para pessoas com deficiência. As áreas que possuem piso de madeira foram lixadas, calafetadas e tiveram aplicação de sinteco. Também foram instalados forro de gesso com um novo sistema de 45 máquinas de ar condicionado embutido, sistema de incêndio com oito quadros de hidrantes e a remodelação da iluminação e da infraestrutura elétrica por canaletas para evitar o máximo de intervenções futuras. Os corredores, as escadarias e as cadeiras do Salão Nobre também foram revitalizados.

A área externa do Edifício Central, conhecida pela fachada e pelos extensos jardins que circundam o prédio, também foi cuidada durante esses mais de dois anos. O telhado foi reformado e a fachada recebeu atenção especial: ela foi lavada, recebeu novos condutores de água e o barrado inferior, que soma cerca de 3.700 metros quadrados, foi refeito.

Projetado em estilo neoclássico pelo arquiteto inglês Alfred Brandford Hutchings, o Edifício Central se mantém como símbolo maior da escola até os dias de hoje. Suas obras tiveram início em 1905 e sua inauguração ocorreu no dia 14 de maio de 1907. O prédio possui quatro pavimentos e soma mais de 4.800 m² de área construída, contando 182 janelas, vitrôs e portas de acesso. Entre 1941 e 1945 o Edifício Central passou por uma ampliação, com a construção do terceiro andar, onde hoje está localizado o gabinete da diretoria. Após uma ampliação na década de 1940, a edificação ainda passou por remodelações e reformas gerais, entregues em 1986 e 2004. Além dos gabinetes da Diretoria da Esalq e da Prefeitura do campus, o Edifício Central abriga setores administrativos da escola, onde trabalham cerca de 70 servidores públicos.

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