Uma tonelada, 142 quilos e 895 gramas. Este é o número exato da maior apreensão de drogas na história de Franca, segundo a Polícia Civil. Além da grande quantidade de maconha e três presos, a operação dos agentes da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) desta quinta-feira, 4, mostra que a cidade é um ponto tático das organizações criminosas para o repasse das drogas que vêm do Paraguai e da Colômbia.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, somente no ano passado, mais de 707 toneladas de drogas foram apreendidas nas principais BRs. Como os países fortes em cocaína e maconha não são os mesmos, os traficantes usam rotas distintas para cada tipo.

Para dispersar as forças de segurança, os criminosos, durante vários anos, mudaram a maneira de fazer com que a droga saia dos países vizinhos e chegue ao seu destino final, como as grandes capitais e grandes portos, como o de Santos (SP).

As rotas alternativas, como a “Caipira”, servem tanto para abastecer as cidades menores quanto como ponto de distribuição dos entorpecentes. As duas últimas grandes apreensões são exemplo disso.

“É uma logística deles procurarem áreas rurais. A droga chega, eles enterram e depois fazem a distribuição para traficantes menores”, contou o delegado Alan Bazalha.

Em janeiro do ano passado, uma denúncia levou os policiais militares até a rodovia Tancredo Neves, que liga Franca a Claraval (MG) Leia aqui. Foram mais de 350 quilos de maconha que estavam escondidos em tambores enterrados em uma propriedade rural.