Morreu nesta segunda-feira, 24, Alzira Góes Jurado, mãe de Everson Jurado, de 44 anos, que foi encontrado morto no córrego Cubatão, na última sexta, 21, em Franca.
Segundo relatos, Alzira sofria de atrofia muscular e de outros problemas relacionados à idade avançada. Ela estava internada desde a terça-feira, 18.
Alzira morava junto com o filho Everson. Vizinhos informaram que ele passou a cuidar integralmente da mãe desde novembro do ano passado, quando pediu demissão do posto onde trabalhava como frentista, se dedicando integralmente a cuidar da mãe.
“Everson era uma pessoa de bom coração, um rapaz tranquilo, sem vícios, cuidava da mãe com muito zelo e amor, a gente sempre via ele com ela no carro, dando voltas, depois que ela não conseguia mais andar”, disse um dos vizinhos.
Carlos Reis era parceiro de futebol de Everson e conta que ele gostava de jogar, e muitas vezes saía dos jogos e ia direto para casa, porque tinha que cuidar da mãe. E que em algumas ocasiões pedia ajuda aos amigos, pois os dois passavam dificuldades.
Dona Alzira aguardava a aposentadoria que não saía, então o filho pedia ajuda, como gás e alimentos, já que não conseguia trabalhar, se dedicando aos cuidados da mãe.
Dona Alzira tinha quatro filhos. Um deles faleceu em um acidente. Os outros são um rapaz e uma mulher professora.
No dia 18, dona Alzira teve uma piora nos estado de saúde, sendo levada para um hospital, onde não queriam interná-la, deixando o filho Everson revoltado. Em surto, teria tentado pular da escadaria do hospital, mas foi contido e saiu do local deixando seus documentos pessoais e de sua mãe. Após três dias foi encontrado morto somente com roupa íntima dentro do córrego Cubatão.
Uma prima de Everson fez uma homenagem nas suas redes sociais, falando um pouco sobre a relação dele com a família. “Muita falta você já me faz, nossas conversas diárias, nas madrugadas então, os sustos enquanto conversávamos, a tia aprontava, tadinha, depois a gente acabava rindo da situação, porque os sustos eram grandes.", escreveu Helen Góes.
Traumatismo craniano e afogamento
A perícia constatou que a causa da morte de Everson foi por traumatismo craniano, asfixia mecânica originada pela entrada de um meio líquido ou semilíquido nas vias respiratórias, impedindo a passagem do ar até os pulmões, cirrose hepática e agentes físico-químicos, que podem ser originários da poluição do córrego. O que ainda não se sabe é como ele foi parar dentro do córrego somente de cueca. O caso segue sob investigação.
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