O jovem jogador passou um período ajudando seu pai em uma obra e fazia entregas de lanches para ajudar na renda em casa. “Eu tinha desistido, por isso eu sou muito grato a minha família, com suporte de meus empresários e com a proteção de Deus a gente conseguiu fazer esse resgate, podendo viver esse momento maravilhoso. Eu ajudava meu pai na obra de manhã e entregava lanches à noite para tentar fazer alguma renda”, contou o zagueiro.

Ainda comemorando o acesso com a Francana, João Pedro Queiróz comemora a marca de quatro partidas sem tomar gol nessa reta final da A4. “Sei da responsabilidade que é vestir a camisa desse clube. Foi emocionante ajudar o clube na conquista do acesso. Nessa divisão as equipes são equilibradas, mas temos um conteúdo grande de informações e análise. A gente trabalha diariamente as bolas áreas de todos os times”.

O zagueiro, que foi um dos destaques da equipe na partida contra o SKA Brasil, disse que o time trabalhou forte para a partida decisiva no Lanchão. “A gente já sabia das dificuldades. Vínhamos de dois jogos contra eles lá em Santana de Parnaíba, um campo sintético. Então a gente trabalhou bastante para este jogo. O setor ofensivo deles é muito bom, competente. Foi tenso, mas a gente se portou da melhor maneira possível”, revelou.

O atleta não esconde que dentro do grupo de jogadores sempre recorrem às brincadeiras pela fase da equipe que não vêm marcando gols, mas também não vem tomando.  “A gente brinca bastante. Ficamos alegres por não estarmos tomando gols, mas sabemos que no momento certo esse gol vai sair. Se eles (atacantes) não conseguirem marcar, a gente chega lá na frente e tenta fazer”, brincou.

Queiróz, a exemplo de outros jogadores da Francana, vem recebendo sondagens de outros clubes do Brasil. Ele não confirmou o interesse do Cruzeiro, mas disse que existem interesses. “Alguns times procuram, existem sondagens, mas eu deixo para pensar nisso no final do campeonato. Deixo isso nas mãos de meus empresários, sei que eles vão tomar a melhor decisão sobre meu futuro”.

O dono da camisa da Veterana, que já pertenceu ao zagueiro Zé Mauro, símbolo de raça da Veterana no passado, disse que está vivendo um sonho, que é caseiro e gosta de ler. “Gosto da minha soneca, gosto de ficar em casa, gosto de ler, de pensar um pouco na vida”.

O zagueiro destacou também o papel importante que o técnico Wantuil Rodrigues teve na conquista do acesso do clube e de todos jogadores e diretores. “Estou muito feliz, tenho gratidão pelo Wantuil, que me deu a oportunidade de poder vestir essa camisa e poder honrar da melhor maneira possível a cidade de Franca. Gratidão a toda torcida que acolher, não só a mim, mas todos os jogadores de fora para gente estar vivendo esse sonho do acesso e se Deus quiser conquistar o título”.