SAÚDE

Sem leitos de internação, vereador pede decreto de emergência em Franca: 'Colapso'

Parlamentar sugere abertura de hospital de campanha. 'Estamos discutindo um colapso na saúde de Franca e sem aqueles índices alarmantes da pandemia. É isso que mais assusta.'

Por N. Fradique | 23/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

N. Fradique/GCN

Gilson Pelizaro volta a pedir solução imediata para a situação caótica da falta de leitos na cidade
Gilson Pelizaro volta a pedir solução imediata para a situação caótica da falta de leitos na cidade

Com as unidades de saúde de Franca lotadas e a grande fila de pacientes à espera de leitos de internação, o tema voltou a ser debatido na sessão da Câmara Municipal nesta terça-feira, 23.

O vereador Gilson Pelizaro (PT) teve requerimento aprovado, solicitando informações da administração municipal sobre a possibilidade de a cidade acompanhar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e decretar estado de emergência de saúde pública.

O Governo de São Paulo decretou estado de emergência no dia 5 de março, em razão da escalada da dengue.

O vereador sugere também a instalação de um hospital de campanha na cidade para atender a demanda, com a abertura de 50 leitos de enfermaria e 15 de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), até que se conclua o hospital estadual - obra prevista para ser entregue no segundo semestre de 2025.

"Com tudo que foi feito na época da pandemia, quando lutamos por novos leitos, eu não achava que nós íamos trazer esse tema de volta à Câmara Municipal, para discutir a escassez de leitos", disse Pelizaro.

"Muita gente não tem coragem de falar, mas nós estamos discutindo um colapso na saúde de Franca e sem aqueles índices alarmantes da pandemia. É isso que mais assusta. Se fizer um levantamento de outras DRSs (Diretorias Regionais de Saúde), nenhuma está em estado tão alarmante como a de Franca”, completou o vereador.

Segundo a Secretaria de Saúde, até essa segunda-feira, 22, Franca contabilizava 2.256 casos de dengue e oito óbitos.

'Omissão'
Em seguida, Pelizaro voltou a comentar sobre o requerimento protocolado. “Nós estamos sofrendo um estado de guerra mesmo, como o secretário Eleuses Paiva (secretário de Saúde do Estado) disse lá atrás. Dezessete cidades do Estado já decretaram estado de emergência. Na verdade, a omissão das autoridades de Franca está fazendo as pessoas passarem por essa situação. Eles sabem que o hospital estadual vai demorar pelo menos um ano e meio para ficar pronto”.

O vereador concluiu dizendo que há estratégias na área de saúde para resolver o problema, voltando a pedir a instalação de hospital de campanha. “É deixar de pensar um pouquinho na eleição, ficar contando quantos nomes tem na chapa. Hospital de campanha não é feio. O que não pode é as famílias ficarem no estado que estão, esperando vaga. Decreta-se o estado de emergência na cidade na saúde pública. Campinas fez isso. Não é vergonha, vai lá e resolve”.

A Comissão de Saúde da Câmara estuda abrir uma Cear (Comissão Especial de Assuntos Relevantes) para apurar a situação na cidade e pretende realizar audiências públicas para discutir a questão da falta de leitos com as autoridades da área de Saúde.

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6 COMENTÁRIOS

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  • Freitas
    24/04/2024
    Gilson, sem números alarmantes???? Só pq é seu painho que está governando, não classifica os números absurdos da dengue como alarmantes? Está negando os recordes de mortes por dengue nos últimos 2 anos? O governo Lula reduziu em 58,5% o valor gasto com campanhas de comunicação para prevenção e conscientização sobre a dengue em 2023, mesmo com diversos alertas de que a epidemia de 2024 poderia alcançar um número recorde de casos e que a prevenção deveria ser intensificada antes da chegada do verão. Mas concordo com você, a situação da saúde nessa cidade é inadmissível, tanto na pública quanto particular. Uma vergonha, um atraso, medicina que mata.
  • Benedito Carlos Rodrigues
    23/04/2024
    Foram retirados todas caçambas nas estradas municipais para combate à dengue, só que não teve a contrapartida da fiscalização, o que tem transformado os acostamentos das estradas em lixão a céu aberto.
  • Julião
    23/04/2024
    Saúde de Franca há tempos está péssima... Prefeitua lavou as mãos...passou o baralho para o Estado que faz menos ainda. Médicos mal pagos. Má relação com a Santa Casa. Vigilancia Epidemiológica um zero à esquerda. PSFs nem existe de fato. Poderia ter 30 PSFs tranquilamente. UBS com demora para consultas. Unidades básicas com
  • douglas
    23/04/2024
    Uée gente... o problema não era o C0V1D???...
  • Dirceu
    23/04/2024
    Essa narrativa de \"colapso\" é pra fazerem igual na pandemia.... poder fazer compras milionárias sem licitação e tudo por debaixo do pano. Primeiro deixam a saúde ficar em frangalhos pra depois virem com essa historinha de hospital de campanha. Só mais um jeitinho pra levarem mais um $$ por fora...
  • EDUARDO TOZZI BONILHA
    23/04/2024
    É possível que Franca tenha se tornado o maior criadouro de Aedes aegypti a céu aberto do Estado de São Paulo. A cidade está sem saneamento básico adequado faz anos. Lixo e entulho por toda parte. Os subúrbios estão imundos, infestados de mosquito. Não houve campanha preventiva. Não houve esclarecimento ao público em relação aos cuidados. Onde esteve a Vigilância Epidemiológica este tempo todo?