Mesmo após seguir para outras cidades, como Sertãozinho e Franca, e buscar tratamento em diversos pontos de atendimento médico, incluindo consultas com ortopedistas particulares e a realização de exames como ressonância magnética, as dores persistiram e os sintomas se agravaram.

Após a realização da ressonância magnética, foi descoberto um abscesso na coluna de Elias, comprimindo sua medula espinhal e levando à paralisia. Foi necessária uma cirurgia de descompressão de emergência para tentar reverter o quadro.

“Os médicos disseram dessa forma, infelizmente você está com um abscesso muito grande na sua coluna, atingiu uma medula, veio a paralisar e comprimiu a sua medula. Nós vamos ter que fazer uma cirurgia de urgência para a descompreensão da medula", relata. "Daí eu comecei a ficar com medo, né, já veio os termos para assinar, já veio tudo, e ele falando, falou, só que a gente tem que tratar um pouco dessa infecção sua, uns dois dias, para não correr algum risco de generalizar".

Desde então, Elias passou por um período de recuperação, enfrentando 30 dias de internação na Santa Casa de Passos (MG), além de seguir com tratamentos médicos e fisioterapia para tentar recuperar os movimentos.

Entretanto, as consequências da paralisia e do tratamento prolongado têm impactado a vida de Elias. Ele enfrenta dificuldades financeiras para acessar tratamentos adicionais, como odontológicos, e depende de benefícios do governo para custear despesas e medicamentos.

"Estou fazendo tratamento dentário, pois, devido aos 30 dias tomando antibióticos fortes para conter a infecção no hospital, perdi seis dentes da boca. É mais um desafio que estou enfrentando em meio a essa situação difícil", disse Elias. 

Há cerca de cinco meses, desde outubro do ano passado, Elias Albertino aguarda pela promessa da Secretaria de Saúde de Delfinópolis de disponibilizar uma cadeira de rodas para auxiliá-lo em sua locomoção. No entanto, apesar das repetidas solicitações, ele ainda não recebeu o equipamento prometido. Ao questionar os responsáveis, as respostas indicam apenas que ele precisa aguardar, deixando Elias em uma situação de espera que considera indefinida.

“Ninguém fala nada ao certo, na secretaria de Delfinópolis falaram 60 dias. já passou na semana passada, me falaram que enviaram e-mail e tenho que aguardar. Uma pessoa que faz tratamento comigo já recebeu as cadeiras faz uns quatro meses, ela pediu, demorou 40 dias, já eu aqui tá com 5 meses desde outubro”, comenta.

Secretaria de Saúde de Minas Gerais
A Secretaria de Saúde de Minas Gerais disse que as informações serão apuradas junto à área técnica, porém, o retorno para a solicitação será a partir de segunda-feira, 1º, em função do ponto facultativo e feriado.