“Me sinto revoltada, com raiva, com vergonha de viver num país onde quem está errado tem mais direitos e proteção do que a vítima. Queremos que essa pessoa seja responsabilizada pelo que fez, porque enquanto não houver uma punição severa, casos como o do meu filho vão continuar acontecendo. Sei que nada vai trazer ele de volta, mas fazendo com que essa pessoa seja punida, poderei evitar que outras famílias passem pelo que estamos passando, uma dor muito grande”, disse a mãe.

O motorista do Civic, que dirigia na contramão da rua Hipólito José da Costa, chegou a ser preso em flagrante e se recusou a fazer o teste do bafômetro no momento da tragédia. Levado à CPJ (Central de Polícia Judiciária), o motorista causador do acidente, um empresário, foi solto.

Para a irmã, Mariane Miquellaci, o caso não deve ser tratado como acidente. “O condutor estava na contramão. Ele tomou essa decisão de dirigir na contramão em alta velocidade, ele sabia das consequências. E a consequência, infelizmente, foi o assassinato do meu irmão. Esperamos que seja tratado dessa forma, pois ele sabia muito bem o que estava fazendo. Não foi mero acaso”, falou Mariane.

Lucas era organizador de eventos e voltava do trabalho naquela madrugada para comemorar com a família a formatura da prima. Com o impacto da colisão, o jovem morreu na hora.