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Organizada do Santos convoca torcedores para vigília por Pelé

03/12/2022 | Tempo de leitura: 3 min
da Folhapress

Reprodução/Instagram

Pelé tem recebido várias demonstrações de apoio nos últimos dias
Pelé tem recebido várias demonstrações de apoio nos últimos dias

Internado no Hospital Albert Einstein, onde trata um câncer desde setembro do ano passado, Pelé tem recebido várias demonstrações de apoio nos últimos dias. Além de mensagens de jogadores, o Rei do Futebol foi homenageado com um bandeirão nas arquibancadas do Estádio Lusail antes da derrota do Brasil para Camarões por 1 a 0, ontem (2).

A Torcida Jovem, uma das principais organizadas do Santos, convocou torcedores - não só do clube da Vila - para uma vigília em frente ao Hospital Albert Einstein amanhã (4), a partir das 10h (de Brasília), até as 13h.

"Quem é Rei nunca perde a majestade! A Torcida Jovem do Santos convoca nossos associados, santistas em geral e amantes do futebol para comparecer no domingo (04/12) a uma vigília para demonstrarmos apoio e fé na recuperação de Rei Pelé", diz o comunicado.

Pelé foi internado na última terça-feira (29) e, de acordo com informações da ESPN, foi diagnosticado com uma broncopneumonia.

De acordo com a família do ex-jogador, no entanto, o Rei do Futebol está fazendo um tratamento de rotina. O Hospital Albert Einstein divulgou um boletim médico dizendo apenas que Pelé está com bons sinais vitais e quadro clínico estável.

Cuidados paliativos
Internado desde a última terça (29) no Hospital Israelita Albert Einstein, Pelé, 82, não responde mais ao tratamento quimioterápico que vinha fazendo desde setembro do ano passado, quando foi operado de um câncer de intestino. No início do ano, foram diagnosticadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado.

A Folha apurou que o craque está em cuidados paliativos exclusivos. Isso quer dizer que a quimioterapia foi suspensa e que ele segue recebendo medidas de conforto, para aliviar a dor e a falta de ar, por exemplo, sem ser submetido a terapias invasivas.

Cuidados paliativos são indicados a todos os pacientes com doenças ou condições progressivas e potencialmente mortais. As medidas vão depender dos sintomas, da funcionalidade e do prognóstico, ou seja, quanto tempo de sobrevida se espera para o paciente.

Conforme a ESPN antecipou, o Pelé chegou ao hospital com um quadro de anasarca (inchaço generalizado), uma síndrome edemigêmica (edema generalizado) e uma insuficiência cardíaca descompensada. A Folha confirmou essas informações.

A Folha tentou ouvir os médicos que assinam o comunicado, mas, de acordo com a assessoria, os posicionamentos da equipe só virão por meio de notas oficiais. Também tentou ouvir a direção do hospital sobre a suspensão da quimioterapia e da adoção de cuidados paliativos. O hospital não confirmou e também não negou a informação. Apenas reforçou que manteria o conteúdo da nota divulgada nesta sexta.

O craque luta contra um câncer de intestino desde 31 de agosto de 2021, quando teve diagnosticado um tumor no cólon (intestino grosso) durante exames de rotina, que deveriam ter sido feitos em 2020, mas foram adiados por conta da pandemia da Covid-19.

Quatro dias depois, passou por cirurgia no Albert Einstein para retirar o tumor e, durante a internação, foi levado algumas vezes para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a última delas em 16 de setembro. Segundo o boletim divulgado na época, o craque teve uma instabilidade respiratória.

Logo após a cirurgia, o tricampeão mundial iniciou sessões de quimioterapia. Em dezembro de 2021, ficou cerca de 15 dias internado para mais sessões de quimioterapia. No dia 23 de dezembro, quando teve alta, postou nas redes sociais. "Como eu havia lhes prometido, vou passar o Natal com a minha família. Estou voltando para casa."

Em 13 de fevereiro, quando retornou para mais sessões de quimioterapia, brincou. "Tomara que tenha pipoca para assistir ao Super Bowl logo mais. Estarei vendo, apesar de meu amigo Tom Brady não estar jogando. Obrigado por todas as mensagens de carinho". Na ocasião, o Rei precisou prolongar sua estadia no hospital após os médicos identificarem uma infecção urinária. Pelé recebeu alta no dia 28 de fevereiro.

Além do câncer, o atleta sofre com sequelas de três cirurgias realizadas nos últimos anos. Uma para colocação de prótese no quadril e outras duas para corrigi-la. Também sente dores no joelho, problemas que dificultavam sua locomoção.

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