OPINIÃO

Escolhendo o Futuro

Por Tiago Faggioni Bachur | Especial para o GCN
| Tempo de leitura: 3 min

Você sabe o que se comemorou na última sexta-feira, 13 de novembro de 2020?
Para muitos brasileiros, o azar de um ano da aprovação da Emenda Constitucional (EC) nº 103/2019, isto é, da Reforma Previdenciária.

Isso mudou a vida de muita gente. Quem queria se aposentar, agora vai ter que esperar mais tempo para isso. Mudaram o cálculo (de um modo geral, para pior), acabou-se com a aposentadoria por tempo de contribuição, impuseram uma idade mínima... Enfim, diversas alterações surgiram e ainda vão surgir

De um ano para cá, depois da EC nº 103/2019, diversas leis, regulamentos, instruções normativas internas do INSS apareceram. E há expectativa de novas mudanças chegando por aí.

Mais do que nunca, todas essas alterações passaram a obrigar o cidadão a ter um cuidado maior e planejar sua aposentadoria, na esperança de ter um prejuízo menor no seu futuro.

Afinal, de quem é a culpa dessas mudanças desastrosas, que afetam a vida de todos?

Alguns, mais afoitos (e com certa razão), vão culpar os nossos governantes, por má gestão da Previdência Social, com regras que beneficiam poucos e prejudica muitos. Com gastos excessivos e fraudes diversas, onerando o INSS. Teses e desculpas distintas aparecerão.

A bem da verdade, a culpa é de cada um de nós, pelas opções que fazemos. Somos nós que escolhemos nossos representantes. São eles que administram (ou escolhem quem vai administrar). São eles que votam e criam leis. E esses governantes espelham o seu povo. 

Neste domingo, dia 15, acontecem as eleições municipais. Está aí a possibilidade de refletir.

Se queremos um Brasil melhor, temos que começar por nossa casa – isto é, a nossa cidade. Temos que escolher vereadores que, no momento certo, fiscalizarão e/ou apoiarão o trabalho do prefeito, ao invés daqueles que fazem “favores” para alguns munícipes (como, por exemplo, fornecendo areia e cimento – aliás, isso não é trabalho do vereador).

Afinal, prefeito e vereadores, devem buscar o melhor para a cidade e não fazer conluio ou a busca de proveito próprio. Um deve “vigiar” o outro, mas olhando sempre em prol da população.

Não devemos só eleger um prefeito que vai administrar a cidade e um corpo legislativo que terá seu respectivo papel. Também, não podemos ficar só criticando. Como cidadãos, é nosso dever cobrar que a administração pública forneça uma qualidade de vida melhor para todos. 

Precisamos aprender a escolher os melhores candidatos pela qualidade que eles têm (e não pelo defeito que o adversário dele possui). Em outras palavras, eleger os melhores (e não os “menos piores”). 

Vale lembrar que apesar de tudo, esse ano é excepcional. É a eleição do COVID-19, que exige um cuidado maior de todos. Alguns acreditam que por conta disso, muitas pessoas deixarão de votar. Abre-se um parêntese para ressaltar que os maiores de 70 anos de idade estão dispensados de irem as urnas se quiserem. Contudo, aqueles que são obrigados a votar, mas não quiserem (ou não puderem) ir, precisam justificar a ausência, para evitar maiores problemas.

Por fim, reitera-se: devemos primeiro escolher bem os representantes locais, isto é, que estão mais próximos de nós (prefeito e vereadores), pois só dessa maneira ficará menos difícil votar em 2022 nos demais representantes (presidente, governador, senador e deputados). Só assim, teremos uma cidade, um estado e um país melhor para se viver – sem depender da sorte ou do azar.

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