MP pode abrir inquérito para apurar descaso


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Suélen Silva Carmo, 20, culpa descaso no atendimento no PS pelo delicado estado de saúde de seu marido: caso é apenas o mais recente de uma série de reclamações
Suélen Silva Carmo, 20, culpa descaso no atendimento no PS pelo delicado estado de saúde de seu marido: caso é apenas o mais recente de uma série de reclamações
O Ministério Público cobrará explicações da Secretaria de Saúde quanto à qualidade do atendimento que tem sido oferecido aos usuários dos SUS (Sistema Único de Saúde) nos Prontos-Socorros Infantil e “Dr. Janjão”. As sucessivas reclamações da população chamaram a atenção da Promotoria, que já acena com a possibilidade de instaurar inquérito contra a Prefeitura para investigar a conduta nas unidades de pronto atendimento. O promotor da Cidadania, Paulo César Corrêa Borges, disse que conversará com o secretário de Saúde, Alexandre Ferreira, para saber os motivos de tantas queixas em curto espaço de tempo. “Preocupam-me as sucessivas denúncias sobre o atendimento de qualidade questionável no Janjão. Elas persistem e a Secretaria terá de resolver. Caso contrário, o Ministério Público instaurará inquérito civil para garantir isso”. O promotor disse que, em junho, já havia cobrado providências da Prefeitura sobre a qualidade e a demora nos atendimentos e recebeu a promessa de que a situação seria resolvida. Porém, até o momento, pouco foi feito. Para o secretário de Saúde, a solução dos problemas dependeria de mudanças na postura da população e não da Prefeitura. “As pessoas mesmo quando não têm um problema que caracterize urgência procuram os prontos-socorros. Isso precisa mudar. Elas têm que se dirigir às UBSs de seus bairros”. PAULO SÉRGIO O promotor Paulo Borges foi cauteloso ao comentar a situação do técnico em refrigeração Paulo Sérgio Meira Júnior, que se encontra em coma profundo e irreversível no CTI da Santa Casa. A família do paciente diz que o atendimento prestado no PS “Dr. Janjão” foi inadequado e agravou o quadro de sua doença. O caso é o mais recente de uma série de queixas contra o atendimento no pronto-socorro. “A família tem que avaliar e ver se proporá ação individual por danos morais ou materiais, devendo provar negligência ou descaso com o paciente”, disse o promotor. “Agora, no geral, nossa obrigação é investigar, pois todos têm direito a um serviço de alto nível”.

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