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17 de maio de 2024

GUARANI

Com R$ 60 milhões em dívidas: Guarani aprova recuperação judicial; entenda

Com credores sem receber há 25 anos, Guarani acumula quase R$ 60 milhões em dívidas e optou por recuperação judicial para equilibrar as finanças.

Por Higor Goulart
Especial para a Sampi Campinas

28/02/2024 - Tempo de leitura: 2 min

Thomaz Marostegan/Guarani

Brinco de Ouro da Princesa: casa do Guarani, em Campinas

O Guarani aprovou a recuperação judicial do clube. Durante a tarde de terça-feira, 27, em assembleia geral de credores, a grande maioria aprovou o processo. A proposta é de que o Bugre pague dívidas cíveis e trabalhistas ao longo de 12 anos. As dívidas têm um valor aproximado de R$ 60 milhões. 


O Guarani solicitou a recuperação judicial em março do ano passado. Dias depois, a juíza Eliane Cássia da Cruz, da 7ª Vara Cível de Campinas, declarou o pedido legítimo. O clube identificou o formato como o mais adequado para equacionamento do capital, já que existem credores há 25 anos sem receber.

Quase 400 credores participaram da votação, sendo que apenas 21 se mostraram contrários. A aprovação foi de 94% no trabalhista, cerca de 75% no quirografário e 80% no ME/EPP.


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A aprovação da recuperação judicial é o primeiro passo para que o clube comece a quitar o valor negociado, tirando os bloqueios financeiros e penhoras. Agora, o acordo segue para homologação por um juiz no Tribunal de Justiça de São Paulo.

“Me sinto realizado em ver que começaremos uma nova era. De forma viável, vamos pagando dívidas antigas que assombram o clube e não nos deixam prosperar há anos. Com equilíbrio, administração e organização pagaremos nossos credores nos próximos anos e teremos um futuro muito melhor. É uma melhora de longo prazo, sendo um passo sólido na história do Bugre”, ponderou o CEO do Guarani, Ricardo Moisés.

“Foram dois anos de trabalho diário para chegarmos nessa assembleia e começarmos a escrever uma nova página na história do Guarani. Um clube da nossa grandeza merece grandes passos por um futuro vencedor”, analisou Fábio Araújo, presidente do Conselho Fiscal.