
A Prefeitura de Campinas realizou nesta terça-feira (13) a solenidade de entrega oficial do Sistema BRT Campinas e do Terminal BRT Ouro Verde, marcando o encerramento de uma obra iniciada em 2017 e marcada por sucessivos atrasos, rompimento de contratos e intervenções parciais. A cerimônia, realizada mais de duas semanas após a entrada em operação da última estação, ocorreu sem a presença do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, que cancelou a vinda alegando problemas meteorológicos em Brasília.
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A estação Ouro Verde, considerada a mais emblemática do projeto, concentrou os principais entraves durante os oito anos de execução. A obra precisou ser relicitada após a Prefeitura romper contrato com a construtora inicial, que não conseguiu concluir o terminal dentro do prazo.
Apesar de o sistema estar em operação desde 2022, a entrega formal só ocorreu agora. O prefeito Dário Saadi e o secretário nacional de Mobilidade Urbana, Denis Andia, participaram do evento. Segundo Dário, o sistema já atende entre 70 mil e 80 mil passageiros por dia, e reduziu em até 30 minutos o tempo de viagem entre as regiões do Ouro Verde e Campo Grande até o Centro.
"É importante ressaltar o desenvolvimento urbano que o BRT levou para essas duas grandes regiões. Quem conhece, e aqui eu tenho certeza que vocês conhecem e conheceram as regiões do Campo Grande e Ouro Verde antes do BRT, vão ter certeza que hoje mudaram muito e mudaram para muito melhor", destacou o prefeito.
Com investimento de R$ 451,5 milhões em recursos federais, o BRT Campinas conta com três corredores: Ouro Verde (14,6 km), Campo Grande (17,9 km) e Perimetral (4,1 km), totalizando 36,6 km de extensão com 7 terminais e 36 estações.
O secretário de Infraestrutura, Carlos Barreiro, defendeu que o sistema impulsionou o crescimento urbano e comercial nas regiões atendidas, mesmo reconhecendo os desafios enfrentados ao longo do caminho. "Campinas está dando um exemplo, porque muitos sistemas semelhantes começaram em outras cidades, em outros capitais e não chegaram ao final, não conseguiram concluir. Nós passamos por inúmeras dificuldades, inclusive com uma pandemia de dois anos e meio, e conseguimos concluir a obra", disse Barreiro.
A ausência do ministro das Cidades na inauguração de um projeto financiado majoritariamente pelo governo federal chamou atenção. Em seu lugar, coube ao secretário Denis Andia representar a pasta.
O BRT de Campinas opera com veículos em corredores exclusivos, piso de concreto e estações com pagamento antecipado e embarque em nível, o que permite operações expressas, semiexpressas e paradoras.