O Grupo de Contenção a Ocupações Irregulares da GM (Guarda Municipal) retirou, no final da manhã desta segunda-feira, 15, as cerca de 200 famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que ocuparam a Fazenda Mariana, próximo ao Jardim Xangrilá, em Campinas.

Próximo da hora do almoço, a GM foi até o local, e usando de bombas de efeito moral, retirou as pessoas que estavam no local. Eles retiraram colchões e estruturas que estavam sendo montadas. A ação contou com atuação da GM e da PM e apoio da Polícia Rodoviária.

A área de aproximadamente 200 hectares é administrada por uma empresa do setor imobiliário. Segundo o MST, a fazenda é improdutiva, está tomada por pastagem degradada e há anos não cumpre sua função social.

Segundo o MST, a proprietária diz almejar que a destinação da área seja para interesse social. Até a publicação desta reportagem, o MST não havia se pronunciado sobre a retirada.

De acordo com nota da prefeitura, "O grupo de contenção da Sehab foi até o local e deu um prazo para que os ocupantes deixassem a área. Eram cerca de 200 famílias do MST (Movimento dos Sem Terra). Como não houve acordo com os ocupantes, foi necessária a intervenção da força policial para garantir a aplicação da legislação e consequente desocupação da área. Eles foram informados de que a invasão de propriedade é crime. Os ocupantes pediram um tempo para decidir se aceitavam a oferta que o município fez. Como não houve concordância e as famílias que estavam no local já tinham sido informadas de que invasão de propriedade é crime, por volta das 11h30, foi necessária intervenção da força policial. A atuação da Administração foi realizada com todos os cuidados para garantir a integridade física das famílias."

A reportagem não conseguiu contato com representantes da fazenda. A matéria será atualizada caso haja um posicionamento.