O basquete, no entanto, nunca foi a profissão de Samanta. Formada em Engenharia de Computação pela PUC-Campinas, ela presta serviço para empresas de telefonia. Nas horas vagas, por outro lado, já acumulou passagens por times como Seara-Paulínia, Microcap e Unimed Americana.

“A minha profissão é o que me permite viver esse sonho. O basquete entra na minha vida em horários contrário ao comercial. À noite, faço escolinha de basquete, no Clube Fonte São Paulo. Aos fins de semana e feriados, participo de rachões e/ou torneio chancelados pela FBBM (Federação Brasileira de Basquetebol Máster)”, contou.

Por se tratar apenas de um hobby, Samanta relata que nunca teve como pretensão participar de torneios internacionais.

“Comecei a me envolver em torneios da FBBM em 2018 e venho apresentando bons resultados continuamente. Então, por ser uma armadora veloz, acabei chamando a atenção de algumas equipes e ao final de 2023 joguei os Jogos Brasileiros de Basquetebol Máster, em São Luís (MA), pela UVB de São Paulo”.

No torneio, Samanta terminou como a principal cestinha da sua equipe, além de uma das oito principais do torneio. Com isso, um olheiro das equipes +40 sugeriram à Seleção Brasileira de Basquete Máster a convocação da moradora de Campinas.

“É claro que eu aceitei o convite com a maior alegria no coração. Uma conquista, um sonho que eu já nem sonhava mais. Porém, aconteceu e não podia ter vindo em melhor fase. Estou pronta para vencer”, afirmou Samanta.

A moradora de Campinas agora conta os dias para chegar a viagem e entrar em quadra. A ida acontece já na próxima semana e Samanta afirma que a expectativa é a “melhor possível. Um pouco ansiosa a princípio e a cada dia que passa com um friozinho na barriga para que tudo ocorra conforme planejado”.

Para conseguir realizar a viagem sem complicações, Samanta e suas companheiras vêm realizando arrecadações para angariar fundos. A estimativa é de que cada atleta tenha um custo de R$ 15 mil e R$ 20 mil, entre passagem aérea, visto, hospedagem, alimentação e transporte ao longo de dez dias.

“A FBBM não possui fundos suficientes para bancar os diversos atletas que fazem parte de nossa delegação. E, infelizmente, nem todas as atletas têm uma profissão que possibilita cobrir esse alto valor de despesa e, sem ajuda, não conseguirão compor a delegação”, lamentou.

Quem quiser ajudar na arrecadação, uma vaquinha online está disponível e os valores serão revertidos nos custos da viagem. (clique aqui!)