A última atualização da Secretaria de Saúde amplia ainda mais o número de confirmações da 3ª maior epidemia de dengue da história de Campinas. Além disso, é mais do que o triplo do registrado no ano passado, quando a metrópole alcançou 10.898 casos. O recorde é de 2015, quando a cidade alcançou 65,6 mil moradores com o vírus.

Com o alto índice de casos desde o início do ano, Campinas decretou no início do mês estado de emergência para dengue. A decisão aconteceu no dia 7 de março, após reunião entre o prefeito Dário Saadi (Republicanos) e membros da Secretaria Municipal de Saúde.

O decreto seguiu o Governo de São Paulo, que também decretou emergência para a doença.

Com a situação de emergência, Campinas permite adoção de todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento de casos de dengue. Com isso, pode direcionar recursos financeiros na compra de insumos como soro e materiais para nebulização, pagamento de horas extras e eventual contratação de pessoal para reforçar a assistência em saúde.

Projeção

O alto volume de casos preocupa e a projeção é de que o município possa alcançar 100 mil confirmações até o final de abril. Os dados foram apresentados pela Prefeitura de Campinas, em 1º de março, durante reunião com hospitais públicos e particulares.

Se a projeção da Prefeitura se confirmar, Campinas alcançará a pior epidemia de dengue da história. Afinal, os piores números foram registrados há nove anos, em 2015, quando o município alcançou 66,5 mil confirmações e 14 mortes.

Mortes

Além do alto volume de confirmações, Campinas já registrou quatro mortes pela dengue em 2024. As vítimas foram duas idosas, de 86 e 94 anos, além de dois homens de 94 e 72 anos.

O Ministério da Saúde ainda investiga mais oito mortes suspeitas por dengue. Os detalhes das vítimas, como idade, sexo e local de residência não foram revelados. Os óbitos estão sendo investigados pelo Instituto Adolfo Lutz.