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Campinas cria Programa de Dignidade Menstrual para atender alunas do ensino municipal

De acordo com a Secretaria de Educação, mais de 10 mil alunas seria beneficiadas.

Por Leonardo Vieira | 29/03/2024 | Tempo de leitura: 1 min
Especial para a Sampi Campinas

Divulgação / PMC

Anúncio do programa foi feito pelo prefeito Dário Saadi
Anúncio do programa foi feito pelo prefeito Dário Saadi

A Prefeitura de Campinas, através da Secretaria Municipal de Educação, lançou nesta quinta-feira, 28, a criação do Programa Dignidade Menstrual, que vai distribuir mensalmente, por meio das escolas, dois pacotes de absorventes (diurno e noturno), por aluna.

De acordo a Secretaria de Educação, uma a cada quatro meninas faltam à escola quando entram no período menstrual, por não terem condições financeiras para comprar absorvente. A rede municipal de ensino tem 10,4 mil alunas, entre 10 e 50 anos, matriculadas nas 45 escolas de Ensino Fundamental, Fumec e Ceprocamp.

“É inadmissível que alunas não frequentem as escolas porque não tem condições de comprar absorvente. Isso é uma questão de dignidade", disse o prefeito Dário Saadi (Republicanos).

O programa pretende distribuir uma nécessaire com sabonete íntimo, lenço umedecido, além dos absorventes. "Acontece de a menina não ter dinheiro, de os pais não terem recebido ainda para comprar o absorvente, elas podem vir com segurança para a escola, sem medo, porque mesmo que elas não tenham, a escola vai ajudar", contou Ana Beatriz dos Santos Pereira, aluna do 8ª ano.

De acordo com a prefeitura, o investimento no programa foi de R$ 1,1 milhão. A falta de acesso aos absorventes íntimos, a produtos de higiene pessoal e o impedimento ao acesso a espaços de convivência, como a escola, foram determinantes para a criação do Programa Dignidade Menstrual.

"Cada aluna importa para nós e se essa é uma questão que faz com que elas faltem, temos que pensar em soluções que permitam que elas participem de todas as atividades escolares. E o programa vai além. Muitas meninas têm vergonha quando estão no período menstrual, sofrem bullying e temos de tornar isso uma questão pedagógica e de todos", explicou a coordenadora do Programa Dignidade Menstrual, Mariana Volpato.

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