OPERAÇÃO

Delegado de Indaiatuba é preso em operação do MP contra policiais e guardas civis

José Clésio Silva de Oliveira Filho, foi preso na manhã desta terça-feira, 26, durante uma operação do Gaeco Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Por Thiago Rovêdo | 26/03/2024 | Tempo de leitura: 1 min
Especial para Sampi Campinas

Divulgação

Ação é do Gaeco do Ministério Público
Ação é do Gaeco do Ministério Público

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público, a Polícia Militar, por meio do BAEP, e a Polícia Civil, representada pela Corregedoria, cumprem na manhã desta terça-feira (26/3), 13 mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Indaiatuba e Itu, em um suposto esquema de extorsão, corrupção e organização criminosa envolvendo policiais e guardas civis.

Entre os 14 investigados, há um delegado de Polícia, dois investigadores, um escrivão, dois guardas-civis e três advogados. O delegado titular do 1º Distrito Policial de Indaiatuba, José Clésio Silva de Oliveira Filho, está entre os detidos, segundo a promotoria. A residência do delegado e a sede do 1º Distrito Policial de Indaiatuba são alvos de busca e apreensão, informou o GAECO.

A operação, batizada de Chicago, também sequestrou bens móveis e imóveis, além de bloqueio de R$10 milhões.

De acordo com o MP, a investigação aponta um esquema que criava boletins de ocorrência para extorsão.  O esquema consistia em invadir estabelecimentos comerciais, levava bens e valores das vítimas com decretação de prisões abusivas, utilizando-se da atuação específica de polícia judiciária, como boletins de ocorrência, inquérito, relatórios investigatórios, para sustentar pedidos ilícitos de pagamento de vantagens indevidas como preço de “resgate” da prisão decretada ou como garantia de não investigação.

Mais de uma dezena de empresários foram vítimas dos crimes, em especial das extorsões, no período de um ano. A exigência de valores varia de R$ 1 milhão e R$ 3 milhões por vítima.

A denominação da operação remete a Chicago dos anos 20 e 30, período em que gangsters governavam a cidade à base de violência, desprezando a lei e criando fortunas com os crimes.

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