VAGAS

Campinas sofre com superlotação em UTis Neonatal, afirma Saúde

De acordo com a pasta, são 30 leitos contratados pelo município e 36 bebês internados

Por Leonardo Vieira | 30/01/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para a Sampi Campinas

Leonardo Vieira

Hospital Maternidade tem superlotação em vagas de UTI Neonatal
Hospital Maternidade tem superlotação em vagas de UTI Neonatal

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou, na manhã desta terça-feira, 30, que os leitos de UTI Neonatal municipais estão superlotados na metrópole.  

De acordo com a pasta, são 30 leitos contratados pelo município, em hospitais particulares, para vagas SUS. As contratações são feitas através de convênio com o Hospital da Puc e o Hospital Maternidade. Até a manhã desta terça-feira, eram 36 bebês internados, seis acima do limite.

Atualmente, o Hospital Maternidade de Campinas, que dispõe de 18 leitos, tem 23 bebês internados. O Hospital da Puc conta com 12 leitos SUS, e até esta terça-feira, são 13 internações.

Através de nota, a Secretaria de Saúde afirma que até 30% das crianças internadas são de outras cidades. Destaca ainda que, apesar da superlotação, nenhum bebê está sem assistência.

“O Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas informa que trabalha no apoio aos hospitais na tentativa de identificar os bebês que podem ser encaminhados para leitos de menor complexidade nas unidades referenciadas da região, liberando assim novas vagas de UTI Neonatal. Nos últimos meses, a região tem tido uma grande demanda de parto de alto risco, o que resulta numa sobrecarga dos serviços neonatais, devido à necessidade de recém-nascidos de baixo peso por mais tempo de internação. Com o objetivo de evitar a sobrecarga dos leitos, o DRS também trabalha na linha de qualificação do acompanhamento de pré-natal das gestantes de baixo e alto risco junto aos profissionais de saúde da região”.


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O presidente do Hospital Maternidade, Dr. Marcos Miele, afirma que um dos problemas para a superlotação nas UTIs Neonatal, em Campinas, é o sistema estadual "Vaga Zero" que impõe às unidades SUS que recebam pacientes mesmo sem o leito disponível, uma vez que há urgência no atendimento. O sistema foi criado para acesso imediato aos pacientes com risco de morte ou sofrimento intenso.

“Este recurso do 'vaga zero' tem sido utilizado constantemente pelo estado. Em 2023 recebemos 71 pacientes do sistema. Uma média de seis por mês. Só neste mês de janeiro foram 15 pacientes. Então mesmo não tendo vagas, chegam pacientes pela central de regulação. Como somos um hospital de referência, sobrecarrega. A gente espera que isso seja solucionado”, destacou.

De acordo com a administração municipal, o prefeito, Dário Saadi, e o secretário de Saúde, Lair Zambon, vão solicitar uma reunião com representantes do governo do Estado para discutir alternativas sobre a questão, o mais breve possível.

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