Campinas conta com mais de 2 mil praças, jardins e canteiros, além de 25 parques e bosques. Em todo o município, são mais de 800 mil árvores. Grande parte delas são ‘produzidas’ no Viveiro Municipal ‘Engenheiro Otávio Tisselli Filho’, no Parque Xangritá.
O Viveiro Municipal surgiu em junho de 2013 e é dividido em duas partes. Em uma, é feito o cultivo de árvores e, em outro, o de plantas ornamentais, utilizadas em projetos paisagísticos e de jardinagem na cidade, nas praças e nos canteiros.
Há espécies como petúnias, tagetes, sálvia e celosia. Nas terras do Viveiro é utilizado o adubo orgânico, produzido na Usina Verde, dentro da Fazenda Santa Elisa, também de gestão da Secretaria de Serviços Públicos.
No viveiro, além de funcionários da Prefeitura, atuam 30 alunos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) Campinas, que aprendem e lidam com as plantas na parte de plantas ornamentais; e 20 reeducandos, detentos do regime semiaberto, como parte do programa Portas da Liberdade.
O viveiro abriga um estoque de, aproximadamente, 150 mil mudas de árvores de diversas espécies nativas, além de 80 mil plantas ornamentais, como flores. “Por ano, plantamos cerca de 100 mil mudas”, contou o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella.
“Para cultivar as mudas no Viveiro, os funcionários buscam e coletam as sementes em árvores que estão nos parques, nas calçadas. Do total de mudas que temos, 99% são de espécies nativas”, completa.
Algumas das espécies nativas disponíveis são: aldrago, peroba-rosa, jequitibá, paulínea, sibipiruna, pau-ferro, mamica-de-porca, que parece uma paineira; manacá-da-serra; quaresmeira; ipês amarelo, roxo, rosa e branco; pau-brasil; pau-viola; pau-mulato; pau-marfim; guatambu, guarantãs e pindaíba.
Fora a função de abastecer os parques e bosques do município, o local é responsável, também, pela recomposição de matas ciliares e em jardins de equipamentos públicos como escolas, unidades de saúde, e outras áreas verdes.
Para o plantio, as mudas precisam ter entre 1,5 e 2 metros para calçadas. Para parques, podem ser menores. “Antes de fazer um plantio, os técnicos do DPJ estudam o local que vai receber as plantas, as espécies mais adequadas e quais há no estoque do Viveiro e que já podem ser plantadas”, explicou.