Parente da couve-flor, seu berço foi o Mediterrâneo e já no século VI AC, os romanos o consideravam alimento de alto valor nutritivo, o que a modernidade confirmou. Levado à Europa via Inglaterra e Holanda em meados do século 18, aos Estados Unidos só chegou com imigrantes italianos e, entre nós, brasileiros, apenas se tornou conhecido amplamente depois da década de 1920. Também devemos aos italianos a aprendizagem de seu cultivo e consumo.

Na culinária o emprego mais frequente é cozido, embora haja quem o prefira cru, forma sob a qual as crianças norte-americanas o devoram em vídeos do You Tube que nos parecem engraçados. Mas há muitas receitas onde ele entra combinado com massas, de que é exemplar a foto que ilustra este texto. O importante, sempre que se utiliza brócolis num preparo, é manter cor e textura. Técnica eficiente é colocá-lo em água fervente por poucos minutos, retirá-lo, em seguida mergulhá-lo em água gelada. Assim ele permanecerá verdinho e al dente, crocante como deve ser.

Para fazer um espaguete (portugueses falam esparguete) com brócolis selecione as flores depois de lavar muito bem o legume em água corrente. Mergulhe em água fervente por dois minutos, escorra a água, depois coloque as flores em água gelada por outros três. Escorra e reserve alguns buquês para a decoração.

Prepare o molho. Coloque o azeite numa frigideira larga, doure os dentes de alho cortados em lâminas, o tomate sem pele e sem sementes cortado em gomos finos, os brócolis. Refogue e agregue a sardinha em pequenos pedaços e a anchova. Misture com delicadeza, usando garfo. Salgue com cuidado no caso de usar anchova. Apimente a gosto. 

Cozinhe o macarrão na água salgada pelo tempo indicado na embalagem. Desligue, escorra, mas antes recolha meia xícara (chá) da água do cozimento. Coloque essa água no molho de brócolis e quando levantar fervura junte o macarrão. Mexa rapidamente, desligue o fogo, transfira a massa para uma travessa, decore com os brócolis reservados. Sirva bem quente.