O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), anunciou a ampliação dos projetos embrionários do Residencial Nelson Mandela. O anúncio aconteceu na tarde desta quinta-feira, 6, após uma série de polêmicas envolvendo a construção de casas de 15 metros quadrados.

A Prefeitura ofereceu três modelos de ampliação, que deverá ser escolhido por cada morador. A primeira opção é de aumento de 17 metros quadrados, uma segunda de 29,15 metros quadrados e uma terceira de 38,5. Esta ampliação se soma ao embrião de 15 metros quadrados.

O acordo inicial previa que os lotes não teriam edificações, porém, após negociação com moradores, foi definida a montagem dos blocos de 15 metros quadrados, com banheiro e um cômodo com janela, o que gerou polêmica na imprensa por conta da quantidade de pessoas por imóvel, que pode chegar a até 7 da mesma família.

"As reuniões com as famílias já foram feitas e agora resta apenas escolher. A partir disso, vem o financiamento com parcela mínima de R$ 132 e prazo de 300 meses para pagar", explicou o prefeito Dário Saadi. O Fundap (Fundo de Apoio à População de Subabitação Urbana) faz parte da Secretaria de Habitação.

Na opção 1, haverá o aumento de um quarto no valor de R$ 27 mil. Na sequência, são dois quartos com custo de R$ 45,9 mil e por fim chega na terceira opção, com dois quartos e um banheiro que vai custar R$ 65 mil. Todas essas opções são com acabamento, mas caso o morador opte por ser sem acabamento, os valores saem mais baratos.

"No mesmo momento que apresentamos o embrião, mostramos também as hipóteses para aumentar e se tornar moradia definitiva. Desde então estamos dialogando com as famílias sobre a ampliação e da possibilidade do município auxiliar nessa ampliação", afirmou o secretário de Relações Institucionais, Wanderley Almeida, o Wandão.

A área do novo Loteamento Mandela tem 23 mil metros quadrados e vai assentar 116 famílias que hoje vivem em um terreno particular. Cada família terá um lote de 90 metros quadrados.

O Residencial Nelson Mandela, localizado no DIC 5, distrito do Ouro Verde, deve abrigar 450 pessoas. A construção da prefeitura ocupa uma área de 23 mil metros quadrados, e houve serviço de pavimentação, instalações de redes de água e esgoto, energia elétrica e iluminação pública. Foram investidos R$ 6 milhões.

"O movimento está muito feliz. É uma vitória de uma luta de sete anos. É uma vitória da coordenação, das famílias, dos advogados, de todos que participaram. É pela moradia digna que vamos continuar caminhando", disse a coordenadora da Ocupação Mandela, Tamires Batista.

A polêmica em torno do tamanho das casas foi divulgada em primeira mão por pela Sampi Campinas e pelo jornal OVALE. O caso ganhou ampla repercussão após uma série de reportagens mostrarem o tamanho diminuto do imóvel feito para moradia de famílias inteiras. Além disso, o projeto da casa embrião fere as diretrizes de moradia digna estabelecidas pela ONU Habitat.