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Escondidinho
Unindo abóbora com carne seca, o escondidinho deve ser o prato mais consumido no sertão nordestino, onde por questões climáticas esses dois produtos se conservam perfeitos por muito tempo sem refrigeração.
Por Sônia Machiavelli | 03/10/2020 | Tempo de leitura: 2 min
Purê
4 xícaras (chá) de abóbora japonesa cozida e amassada
2 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (café) de sal
Recheio
1 colher de sopa de manteiga
1 cebola cortada em plumas
4 dentes de alho
400 gramas de carne-seca dessalgada, cozida e desfiada
4 tomates médios picados
1/2 xícara (chá) de cheiro-verde picados
Pimenta-do-reino a gosto
1 copo de requeijão cremoso
100 gramas de moçarela ralada
Pelos ingredientes e o jeito rústico é de se crer que esse prato, no sudeste do nosso país chamado “escondidinho”, tenha sido criado no interior nordestino, onde carne seca e abóbora são alimentos de subsistência.Prato único lá em cima, por aqui tem sido mais servido como entrada. Aideia é bem simples, como todos os pratos que se tornam clássicos. Uma base que é o purê de abóbora, a nordestina jerimum, mas também pode ser a mandioca, por lá macaxeira, cozida e amassada. O nome “escondidinho” se justifica pelo recheio, que não aparece a quem olha para a iguaria senão quando o garfo ou a colher entram em seu interior. A deliciosa surpresa pode ser carne seca, como se vê na foto; mas o purê pode acolher ainda bacalhau, frango, linguiça, carne vermelha, siri, cordeiro, camarão e peixes. Essa variedade é mais vista nos restaurantes, onde novas versões são criadas para atender ao gosto de todos os tipos de público. Outra explicação para a grande variedade de escondidinhos reside no fato de que muitas pessoas estão comendo menos carne hoje em dia. Então, é preciso pensar nelas também; eis que surge o escondidinho vegetariano, preparado com legumes e queijo de cabra. Fica bem gostoso.
O nosso é um clássico, como dissemos. A foto o mostra como entrada, mas pode perfeitamente ir do forno à mesa em refratário grande. Como em toda cozinha de sucesso, os ingredientes devem ser de excelente qualidade. A carne seca, por exemplo, precisa ser bem escolhida. A abóbora também. Cheiro verde fresquinho, boa manteiga, requeijão top para ligar a carne desfiada, sal no ponto certo, porque a carne seca, por mais que fique de molho, nunca conseguirá perder um pouco de seu sal. O resto é carinho, ingrediente que faz toda a diferença de um a outro preparo. Siga os passos, não tem como errar.
1.Cozinhe na pressão a carne seca dessalgada por 12 horas em geladeira, cortada em cubos de 7 cm até ficar bem macia
2.Espere esfriar, despreze a gordura, desfie com garfo e refogue na manteiga onde tenha fritado a cebola
3. Junte tomates, pimenta-do-reino e cheiro verde; acrescente o requeijão e mexa bem
4.Cozinhe a abóbora descascada e cortada em cubos, esmague ainda quente, escora, refogue na manteiga e salgue com cuidado
5.Unte um refratário grande ou tigelinhas individuais com manteiga, espalhe metade do purê e sobre ele a carne seca
5. Cubra o refogado de carne seca com a outra metade do purê de abóbora.
6. Salpique moçarela ralada e leve ao forno por dez minutos; sirva quente.
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