Receita de domingo: Aprenda a fazer cake de abobrinha

Abobrinha em português do Brasil, courgette para os franceses, zucchini na língua italiana...

20/05/2018 | Tempo de leitura: 4 min

 3 abobrinhas de tamanho médio picadas em cubinhos
 1 cebola grande picada também em cubos pequenos
 150 gramas de  bacon  cortado  da mesma forma
 3 ovos
 1 xícara (chá) de leite
 1 xícara (chá) de óleo de soja
 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
 1 envelope de fermento biológico em pó (Fermix)
 150 gramas de ricota passada no ralo grosso
 50 gramas de pecorino (ou muçarela) picado em pedacinhos
 50 gramas de parmesão ralado
 2 colheres (sopa) de manteiga
Pimenta-do-reino a gosto
 ½ xícara de vinho branco
 2 colheres (sopa) de ciboulette
 
Abobrinha em português do Brasil, courgette para os franceses, zucchini na língua italiana, calabacin no idioma espanhol, este  vegetal de textura macia tem  poucas calorias (apenas 17 por cada 100 gramas), está isento  de gorduras saturadas e colesterol, e ainda apresenta na casca boa fonte de fibras. Dizem os veganos que  ela detém algum poder antioxidante; os nutricionistas acrescentam que possui teor moderado de folato (que se transforma em ácido fólico),quantidade  importante de potássio, bons níveis de vitaminas do complexo B e minerais como zinco, fósforo, ferro e manganês. Tudo que é bom pra saúde!
 
Quando os exploradores europeus chegaram à América, as abóboras eram um dos três principais alimentos dos nativos, juntamente com o feijão e o milho. Como espanhóis e portugueses nunca tinham visto uma delas, achavam que fosse um tipo de melão. O consumo de abóboras já era então muito antigo, sabe-se hoje:  sementes encontradas em escavações arqueológicas no México foram datadas de 9000 a 4000 aC. Foi Colombo quem levou as sementes para Sevilha, quando voltou de suas explorações. Mas a espécie de abobrinha que conhecemos, só passou a ser cultivada e consumida por volta de 1800, na Itália, provavelmente perto de Milão, porque muitas  variedades precoces exibem nomes de cidades da região. Foram os italianos, portanto, os responsáveis pela difusão do consumo, ao torná-la um dos ícones de sua mesa. Por lá ela é servida de incontáveis maneiras, e uma delas é muito apreciada por usar as flores amarelas e bem grandes empanadas e fritas-  são as “Fiori di Zucca”. Na França a abobrinha ocupa lugar de protagonista na ratatouille, um mix de legumes cozido no azeite em fogo baixo, do qual o ratinho do desenho animado surrupiou o nome. Os turcos as utilizam num prato chamado mucver, um tipo de panqueca. Os gregos preferem recheá-las com carne moída, arroz e ervas. Na Bulgária as rodelas são fritas e servidas com mistura de iogurte, alho e dill. No Egito, são partidas ao meio e cozidas com molho de tomates e cebolas. Os andaluzes criaram com ela o pisto e a tortilla. 
 
Viram quanta variação de pratos ao redor do mundo? Nada de menosprezar a abobrinha e achar que ela só pode ser feita de um jeito, batida na ponta da faca e refogada rapidamente em gordura para não perder o crocante. Nada disso. Ela é super versátil e combina com alho, cebola, pimenta, cebolinha, salsinha, azeite, limão, vinagre, gergelim, manjericão e uma infinidade de temperos. Uma combinação muito italiana é a da abobrinha com ricota, que é a base da nossa receita deste domingo. Usei a do tipo italiano, que tem casca mais lisa e brilhante; mas pode-se usar a nossa brasileirinha também- o gosto não se altera. Em qualquer dos casos, escolha as menores. 
 
Raspe de leve a casca, lave, enxugue e corte em cubinhos. Pique os outros ingredientes e deixe à vista. Aqueça a manteiga, junte o bacon, deixe fritar e reúna a cebola. Frite até que fique transparente. Tempere com sal e pimenta, mexa de vez em quando e depois de cinco minutos agregue o vinho. Deixe cozinhar por mais cinco minutos, desligue a chama, reserve. Numa tigela bata bem os ovos e reúna o leite e o óleo, continuando a  bater. Adicione aos poucos a farinha de trigo, o sal, o fermento. Misture bem para homogeneizar.  Acrescente os queijos e a ciboulette (ou cheiro verde).  Retome a abobrinha que ficou reservada e junte-a às colheradas à mistura da tigela. Deixe descansar por dez minutos. Ligue o forno em temperatura média, tipo 150 graus. Forre com papel manteiga pincelado com azeite uma forma de bolo inglês. Despeje a massa, acerte a superfície com colher e leve ao forno médio por 45 minutos. Retire quando estiver dourado e espetando um palito na superfície, ele saia seco.  Desenforme, ajeite numa travessa que possa ir à mesa e se estiver inspirada decore com tomatinhos-cereja e galhinhos de manjericão.  É uma saudável, saborosa e bonita opção para o lanche.

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