Halva de cenoura

O Império Mongol foi fundado em 1526, entrou em declínio a partir do início do século XVIII e foi extinto em definitivo pelo poderio britânico em 1857

15/04/2018 | Tempo de leitura: 4 min

INGREDIENTES
 3 cenouras médias raladas
 2 xícaras (chá) de leite
 ¾ de xícara (chá) de açúcar cristal
 1 colher (sopa) de manteiga
 1 colher (chá) de azeite
 1/4  de xícara (chá) de nozes ou castanhas picadas
 ¼ de xícara (chá) de uvas passas
 1 colher (café) de canela em pó
 1 colher (café) de cravo em pó
 1 colher (café) de noz-moscada ralada
 
O Império Mongol foi fundado em 1526, entrou em declínio a partir do início do século XVIII e foi extinto em definitivo pelo poderio britânico em 1857. No seu auge, foi possivelmente o Estado mais rico, sofisticado e poderoso do planeta. Contava com grande população, distribuída em um território de mais de quatro milhões de quilômetros quadrados, que compreendia a maior parte do que é hoje  Índia, Paquistão, Afeganistão e Bangladesh.  Após 1725 entrou em rápido declínio, pelo qual se atribuem variadas causas: guerras de sucessão, crises agrárias que fizeram eclodir revoltas locais, o aumento da intolerância religiosa para com a maioria não muçulmana e, finalmente, o golpe dado pelo colonialismo britânico. O último imperador, Bahadur Xá II, cujo domínio efetivo se restringia à cidade de Deli, foi aprisionado e depois exilado pelos britânicos em consequência de seu envolvimento na Revolta dos Sipais. A era clássica do império iniciou-se com a ascensão ao trono de Akbar, o Grande em 1556 e chegou ao fim com a morte de Aurangzeb em 1707. Durante este período, caracterizou-se por uma administração eficiente e altamente centralizada, que interconectou as diferentes regiões da Índia. A exemplo do Taj Mahal, todos os monumentos significativos foram edificados pelos mongois. E a culinária que hoje distingue a Índia teve também seu período mais criativo nesta época de ouro.
 
A comida indiana é uma das mais exportadas do mundo, popular por conta de seus temperos e sabores exóticos. Tudo na culinária da Índia é pensado para atingir várias camadas do paladar. E num país com 1.3 bilhão de habitantes, grande extensão territorial, várias religiões e influências de colonizadores, o que não falta é diversidade de ingredientes e receitas. Ou seja, para cada região do país, os indianos têm uma receita específica, um tempero especial ou até um nome diferente para mesma coisa. O que unifica tudo é a intensidade dos temperos. Um deles, o mais conhecido até internacionalmente, é a masala, encontrado em praticamente todas as comidas indianas. Trata-se de uma mistura de especiarias, de sabor e cheiro fortes, geralmente picante. O curry é a versão da masala nos países ocidentais, já que o termo surgiu pela primeira vez na culinária britânica para descrever a combinação de especiarias no tempero de carnes. Cada chef indiano prepara seu estilo masala,de anis, cardamomo, cominho, açafrão, gengibre, canela, cravo, noz moscada, pimenta -do -reino e pimenta branca. Eles entram também nos pratos doces, como é o caso da halva de cenoura, que você vê nesta página e costuma integrar o cardápio dos muitos festivais religiosos que marcam o calendário do país. 
 
É um doce de baixo custo, gostoso, muito perfumado e de baixas calorias. Para fazê-lo você precisará de cenouras, açúcar, manteiga, azeite, uvas passas, nozes (ou castanhas), cravo e canela em pó, noz-moscada ralada. Na Índia usam manteiga ghee na elaboração do prato. É aquele tipo de manteiga clarificada que às vezes não encontramos por aqui. E é aí que entra o azeite, para junto com a manteiga funcionar como ghee: para uma colher (sopa) de manteiga, junta-se uma (chá) de azeite. 
 
Primeiro ralam-se as cenouras, na parte grossa do ralador, depois de terem sido lavadas e raspadas. Numa panela colocam-se a manteiga e o azeite, espera-se aquecer e junta-se a cenoura. Mexe-se bem. Acrescenta-se o leite aos poucos, até que seja totalmente absorvido. Este é um doce que se faz devagar, em fogo baixo, cozendo-se lentamente para apurar o sabor. Quando o leite estiver totalmente incorporado pelas cenouras, o que deve levar quarenta minutos, agregam-se a noz-moscada ralada na hora, a canela, o cravo, as nozes (ou castanhas) grosseiramente picadas e as passas. Mexe-se para que tudo confira ao preparo seu mix de sabores, espera-se levantar fervura novamente e só então junta-se o açúcar cristal. Mexe-se bem por cinco minutos e desliga-se o fogo. Assim que amornar, passe para uma tigela colorida, caso a tenha; ou para uma compoteira de vidro. A halva pode ser servida morna, em temperatura ambiente, ou gelada. Iogurte é acompanhamento apreciado. Tem quem prefira creme de leite. Ou os que dispensam um e outro e elegem a pureza do doce. 

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