OPINIÃO

Visionário Verissimo

Por Adilson Roberto Gonçalves | O autor é pesquisador da Unesp – Rio Claro
| Tempo de leitura: 1 min

A morte de Luis Fernando Verissimo coincidiu com o sarau de poesia realizado todo último sábado de manhã na Biblioteca Municipal "Prof. Ernesto Manoel Zink", em Campinas. Lá estive e resgatei duas crônicas de "O Mundo é Bárbaro", em que Verissimo falava da China, surpreendendo pela capacidade analítica e de previsão.

Escreveu ele em 2008: "Em o quê? Vinte anos? A China terá o maior parque industrial, com a mão-de-obra mais abundante e, portanto, mais barata da Terra, e produzirá de tudo para o maior mercado consumidor da Terra...". Incrível, não? Além de divertido, irônico, profundo, foi também visionário.

Em minhas anotações, foram poucas as vezes em que citei Luis Fernando Verissimo ou usei algum de seus inúmeros escritos para elaborar algum comentário meu. Mas foi na leitura de seu poema "Tu e eu" que me inspirei para criar o personagem Tunéscio, já descrito neste espaço em várias ocasiões, uma delas, por coincidência, quando da morte de Jô Soares (7/8/2022), uma vez que Jô era José Eugênio - e daí saiu Tu(Eu)néscio(gênio).

Por fim, o termo "Tuchina", em oposição a Europa (vejam só!), citando Verissimo, incluí no conto "Etimologia do preconceito racial ao plágio", publicado pela Ufscar em 2020 (https://informasus.ufscar.br/etimologia-do-preconceito-racial-ao-plagio/).

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