
"Entre mortos e feridos, o Lollapalooza resiste." É o que afirma Marcelo Beraldo, diretor artístico do evento, às vésperas de sua edição de 2025, a 12ª desde que desembarcou no Brasil. Com Olivia Rodrigo, Justin Timberlake e Shawn Mendes entre as atrações, o festival ocupa o Autódromo de Interlagos, de ontem (sexta) até amanhã (domingo).
O evento reflete um paradoxo. Nunca houve uma demanda tão grande por música ao vivo e, ao mesmo tempo, a desvalorização do real perante o dólar dificulta a contratação de artistas estrangeiros relevantes. A pandemia fez disparar os cachês dessas estrelas, e a concorrência aumentou. "O cenário é de cancelamentos de festivais e shows muitos por vendas baixas", afirma Beraldo.
"Os artistas hoje têm uma renda maior com shows do que com fonogramas. Portanto, os cachês aumentaram e os ingressos subiram. Com a pandemia, os custos de logística dispararam." Em 2024, o festival afirmou ter recebido 240 mil pessoas nos três dias de shows. A expectativa para este ano é menor.