IBGE

1 a cada 4 bauruenses com 25 anos ou mais tem ensino superior

Por Tisa Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 4 min
Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Reprodução
Entre os moradores brancos, proporção de  graduados é de 33,03%, enquanto índice é  de 14,49% entre pretos e 11,6% entre pardos
Entre os moradores brancos, proporção de graduados é de 33,03%, enquanto índice é de 14,49% entre pretos e 11,6% entre pardos

Um a cada quatro moradores de Bauru com 25 anos ou mais possui ensino superior completo, proporção superior à registrada em 2010. Naquele ano, 17,92% das pessoas, ou seja, menos de uma a cada cinco nesta faixa etária, tinham alcançado este nível de instrução. Já em 2022, o índice chegou a 26,11%, acima da média do País, de 18,4%.

Os dados são do "Censo Demográfico 2022: Educação: Resultados Preliminares da Amostra" e foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo 71.286 habitantes da cidade tinham concluído o ensino superior até julho de 2022 e, destes, 68.092 possuíam ao menos 25 anos.

Entre dez grandes áreas de atuação, destacam-se a de negócios, administração e direito, onde atuam 24.050 profissionais, incluindo 11.302 formados em gestão/administração e 8.235 em direito. Na sequência, figura a saúde e bem-estar, com 12.382 trabalhadores, entre eles 4.332 no ramo de prevenção, terapia e reabilitação, 2.465 psicólogos, 2.349 enfermeiros, 1.731 médicos e 1213 dentistas.

A terceira maior área é a da educação, com 7.496 profissionais com curso superior, e a quarta, de engenharia, produção e construção, com 6.893 pessoas, incluindo 1.704 engenheiros civis e 1.272 arquitetos e urbanistas. Na quinta posição, estão os 3.006 especialistas no segmento de computação e tecnologias da informação.

Os novos dados do Censo 2022 mostram também que, em 12 anos, a proporção de pessoas com 25 anos ou mais sem instrução ou sem concluir o ensino fundamental caiu de 35,75% para 22,76% em Bauru, chegando a 59.339 moradores. Além disso, a população nessa faixa etária com nível médio completo ou superior incompleto cresceu de 30,29% para 35,86, enquanto o patamar de pessoas com fundamental completo e médio incompleto permaneceu estável, variando de 15,92% para 15,27%.

DESIGUALDADES

Vale destacar que o recorte de idade é utilizado pelo IBGE para não haver distorções sobre o nível de escolaridade dos municípios, já que adolescentes e crianças, por exemplo, ainda estão em processo de formação educacional. "Comparando os resultados de 2022 com operações censitárias anteriores, nota-se que o aumento da proporção de pessoas com nível superior ocorreu para todos os grupos de cor ou raça", observa Bruno Perez, um dos analistas deste módulo do Censo 2022.

Em 2010, entre os moradores brancos de Bauru com 25 anos ou mais, 21,98% possuíam nível superior, índice cerca de quatro vezes superior ao da população preta (6,94%) e parda (5,07%). Em 2022, estas proporções chegaram, respectivamente, a 33,03%, 14,49% e 11,6%, mostrando que as desigualdades para acesso a cursos de graduação diminuíram, mas continuam existindo no município.

Segundo o levantamento, a proporção de pessoas com nível superior é mais alta entre a população amarela, cujo índice alcança 39,16%, enquanto apenas 17,92% não possuíam instrução e tinham o ensino fundamental incompleto.

Nesta última condição, são os pardos (31,36%) e pretos (29,5%) quem concentram o maior percentual. Já entre os brancos, o índice de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto era de 18,58%.

Nível de instrução das mulheres supera o dos homens


Estudantes em um dos laboratórios da Faculdade de Ciências da Unesp (Foto: Reprodução)

Desagregando as informações sobre nível de instrução por sexo, o Censo revela que as mulheres com 25 anos ou mais tinham, em 2022, em média, melhor nível de instrução do que os homens com a mesma faixa etária em Bauru. Entre elas, 27,9% possuíam ensino superior completo e, entre eles, o índice era de 24,1%.

Porém, quanto ao número de anos de estudo, calculado pelas informações da série e nível ou grau que a pessoa estava frequentando ou havia concluído, a variação é pequena. A média geral da cidade é de 11,1 anos (acima da média de 9,6 anos do Brasil), sendo 11,1 concluídos pelos moradores do sexo masculino e 11,2 pelas mulheres.

Já no recorte por cor ou raça, destaca-se a população de cor ou raça amarela, que alcança média de 12,2 anos de estudos, seguida da população branca (11,8 anos), preta (10,1 anos), parda (9,8 anos) e indígena (9,3 anos). De acordo com Bruno Perez, analista do Censo, esta é uma vantagem que se repete em todas as unidades da federação e nos 150 municípios mais populosos do País.

Vale destacar que, para este cálculo, 9 anos de estudo correspondem ao ensino fundamental completo; 12 anos, ao ensino médio completo; e 16 anos, ao ensino superior completo. Mestrado, doutorado e especialização de nível superior não adicionam números na metodologia adotada pelo IBGE.

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