UBSs e UFSs

Conselho de Saúde cobra nove novas unidades de saúde em Bauru

Por Tisa Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Ilustrativa/Bruno Freitas
Estudo de viabilidade pretende implantar UBSs e USFs em pontos da cidade
Estudo de viabilidade pretende implantar UBSs e USFs em pontos da cidade

O Conselho Municipal de Saúde (CMS) solicitou à Secretaria Municipal de Saúde, neste início de ano, um estudo técnico de viabilidade para início da implantação de nove unidades básicas de saúde (UBSs) ou unidades de saúde da família (USFs) necessárias para atender adequadamente a demanda da população que depende destes serviços públicos em Bauru. Segundo levantamento elaborado pela pasta, que reconhece o déficit, elas precisam ser instaladas, pela ordem de prioridade, no Jardim Ouro Verde, Parque Manchester/Tangarás, Parque Roosevelt, Jardim Eldorado, Jardim Niceia, Vila Coralina, Núcleo Habitacional Nobuji Nagasawa, Ferradura Mirim e Vila Mariana.

Titular da Saúde, Marcio Cidade Gomes não projetou em quantos anos o problema será sanado, mas destacou que ao menos duas novas unidades já estão garantidas. Isso porque, em março de 2024, o município foi contemplado com três obras pleiteadas junto ao governo federal, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


Marcio Cidade Gomes, secretário municipal de Saúde de Bauru (Foto: Divulgação)

Foram selecionadas a construção das UBSs do Roosevelt e do Núcleo Nove de Julho, bem como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) 3, mas, quase um ano depois, os projetos executivos ainda não foram enviados à União. "Estamos na fase de conclusão destes projetos e, com a aprovação do governo federal, as obras serão iniciadas. Para as demais unidades, estamos aguardando uma eventual abertura de nova fase do PAC", explica o secretário.

De acordo com ele, embora a prefeita Suéllen Rosim tenha cogitado, no ano passado, a possibilidade de construir uma UBS no Manchester/Tangarás com recursos próprios, o assunto precisará ser rediscutido em 2025. "A expansão da rede está explícita no programa de governo, então, planejaremos tudo o que puder ser viabilizado nesse sentido", frisa.

O relatório em que o conselho pede o estudo de viabilidade e apresenta outras demandas, como a reorganização e expansão do atendimento em odontologia e melhorias logísticas na rede de saúde, foi apresentado na última reunião ordinária do colegiado, em janeiro.

'VAZIOS DE ASSISTÊNCIA'

No documento, os conselheiros ressaltam que Bauru apresenta vazios demográficos de assistência em saúde, visto que possui apenas 25 UBSs ou USFs, cada uma delas responsável por mais de 15 mil pessoas, em média, sendo o máximo recomendado pelo Ministério da Saúde de 4 mil pessoas por equipe de saúde. Como medida de comparação, enquanto o município conta com 17 equipes de saúde da família, Marília, com pouco mais de 200 mil habitantes, tem 50 e Diadema, cidade com mesmo porte que Bauru, 95.


Rose Lopes, membro do Conselho Municipal de Saúde (Foto: JC Imagens)

"Nosso pedido é para que sejam priorizadas as USFs, porque o médico generalista pode resolver muitas demandas sem precisar encaminhar para um especialista e, além disso, elas são mantidas em parceria bipartite, com verbas federais, o que ameniza as despesas da prefeitura", aponta Rose Lopes, do CMS.

Outra vantagem financeira é que todas as USFs funcionam em convênio com a Sorri Bauru e apenas os agentes comunitários são servidores municipais, o que contribui para a prefeitura não comprometer sua folha de pagamento com quadro de pessoal para além dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Segundo Rose, o conselho pediu ao município para considerar a possibilidade não apenas de construir, mas também alugar imóveis para viabilizar mais rapidamente a abertura das novas unidades. O colegiado também solicitou que demandas apresentadas no relatório sejam inseridas no Plano Plurianual, a ser concluído em setembro de 2024.

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