O promotor de Justiça Rogério Rocco Magalhães, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), comarca de Jaú, ofereceu denúncia de feminicídio, com agravante de motivo fútil ou torpe, na última sexta-feira (29) contra o acusado de um crime ocorrido em Itapuí (a 51 quilômetros de Bauru), no dia 15 de novembro, conforme o JCNET publicou na época. A pena prevista para feminicídio é de 20 a 40 anos de reclusão.  

O documento pede várias providências, entre elas a apresentação da arma do crime, do laudo necroscópico, do celular da vítima e da gravação do interrogatório. Além disso, fixa uma indenização mínima de R$ 1 milhão aos dependentes da vítima — uma mulher de 25 anos de idade.

De acordo com a denúncia, por volta das 8h30 da manhã o suspeito matou sua companheira, com quem mantinha uma união estável e residia junto. O denunciado, que tinha sentimento de posse em relação à vítima, acreditava que ela estaria trocando mensagens com um ex-caso amoroso e, por isso, resolveu matá-la, segundo depoimentos.

A vítima tentou fugir do local, mas foi impedida pelo suspeito, que a pegou pelo pescoço e a esganou. Na sequência, ele teria usado duas facas para desferir golpes contra a mulher, atingindo-a no rosto, antebraço e região abdominal. Foram 18 facadas.

O promotor destaca, ainda, que o acusado dificultou a defesa da vítima ao imobilizá-la e esganá-la. Ele também fala sobre a motivação torpe do crime. “O denunciado matou a vítima porque nutria inequívoco sentimento de posse por ela, cuja intensidade não lhe permitia tolerar uma reles troca de mensagens entre a vítima e terceiros”, afirma o promotor Rogério Rocco Magalhães no documento.

Após cometer o crime, o acusado tentou se matar com uma facada no próprio abdomêm. Ele foi internado, mas recebeu alta médica alguns dias depois.